O saldo da média diária entre importações e exportações ficou positivo em US$ 243,1 milhões em abril, uma alta de 891,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. A média diária das importações foi de US$ 525,7 milhões, retração de 28,3%. A média diária das exportações registrada em abril foi de US$ 768,7 milhões, 1,4% a mais do que em abril do ano passado. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 2, pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As exportações de básicos avançaram 2,5%, US$ 7,739 bilhões resultado explicado pela venda maior de milho em grão (+81,4%), soja em grão (39,4%), carne suína (16,9%), carne de frango (10,5%) e fumo em folhas (5%).
Os embarques de manufaturados caíram 1,3% em abril e registrou US$ 5,433 bilhões com destaque para os motores e geradores, que caíram 27,3%, autopeças, com uma queda de 26,5%, óxidos e hidróxidos de alumínio, um decréscimo de 24,2% e motores para veículos e partes, que registrou uma queda de 23,1%. Por outro lado, cresceram as exportações de torneiras e válvulas em 221,2% e automóveis de passageiro, um crescimento de 67,6%.
As exportações de semimanufaturados tiveram um incremento de 6,9% no mês passado, puxada, principalmente, por catodos de cobre (370,3%) e açúcar em bruto (78,3).
Do lado das importações, houve uma queda de 38,1% dos combustíveis e lubrificantes, 36,8% de bens de capital, 27,5% de bens de consumo e 24,4% de bens intermediários.
No segmento bens de consumo, as principais quedas foram observadas nas importações de bens de consumo duráveis como automóveis de passageiro, implantes “stents” e marca-passos, fornos e fogões de cozinha, aparelhos de audição de surdos, lentes intraoculares, próteses de artérias vasculares e refrigeradores.
Nos bens de capital, decresceram as importações de equipamentos de transporte industrial como veículos automóveis, locomotivas diesel-elétricas, dumpers para transporte de mercadorias, aviões, caminhões-guindaste. Já nos bens de capital, exceto equipamentos de transporte industrial caíram as importações de máquinas e aparelhos elétricos, equipamentos terminais e repetidores, instrumentos de medidas.
No segmento de matérias-primas e intermediários, caíram as aquisições de peças e assessórios para bens de capital, insumos industriais elaborados e alimentos e bebidas elaboradas, destinados principalmente à indústria.
Recorde com a soja
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, destacou que os embarques de soja em grãos no mês passado foram os maiores da história do País, chegando a um total de 10,1 milhões de toneladas. O recorde anterior havia sido em junho de 2015, quando as exportações de soja totalizaram 9,8 milhões de toneladas.
“O recorde ocorre mesmo em cenário de queda significativa nos preços da soja, com redução de 9,5% em abril. Mas a queda de preço foi mais do que compensada pelo aumento de 54% na quantidade exportada do grão no mês”, completou.
Godinho também comemorou o superávit da balança comercial de US$ 4,861 bilhões em abril, que é o maior da história para o mês. “O resultado do mês de abril era esperado, trabalhamos com cenário de aumento das exportações este ano”, completou.