Robinho pode estar perto iniciar de sua quarta passagem pelo Santos. O presidente José Carlos Peres admitiu que existem conversas para repatriar o atacante, que tem contrato até maio com o Istanbul Basaksehir, da Turquia. Do outro lado da negociação, o jogador já disse que aceita baixar seu salário e parcelar em "até 50 vezes" uma pendência financeira existente para voltar ao clube que o revelou.
"Estamos em processo de trazer o Robinho. Está iniciado. Estamos em processo. Ele primeiro precisa sair de lá da Turquia", disse Peres após reunião na sede da CBF, no Rio, com os 20 clubes da Séria A do Campeonato Brasileiro.
Um dos maiores entraves da negociação é uma antiga dívida que o Santos tem com o atleta. Em 2015, vivendo um grande problema financeiro, o alvinegro se comprometeu a acertar suas pendências com Robinho, mas voltou a ter dificuldades para honrar os pagamentos em 2017.
"O presidente ainda não me pagou. Mas pode me pagar em 10, 20, 30 ou 50 vezes. Baixo até o salário. Vamos conversar", disse o jogador, de 36 anos, em entrevista ao Esporte Interativo.
Apesar de se mostrar empolgado com o interesse, Robinho explicou que as tratativas ainda são iniciais. "Eles têm interesse. Entraram em contato com a minha advogada. Mas além do interesse não tem mais nada. Meu contrato termina em maio, inclusive a opção de renovação é deles. Não tem nada certo. Única coisa que tem é isso, presidente mostrou interesse em me repatriar."
Entre idas e vindas, Robinho soma 246 jogos e marcou 109 gols pelo Santos, em três passagens. Pelo clube, ele foi bicampeão brasileiro (2002 e 2004), bi do Paulistão (2010 e 2015) e ainda levantou um título da Copa do Brasil (2010).
ACUSAÇÃO DE ESTUPRO – Em 2017, Robinho foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por violência sexual contra um jovem albanesa de 22 anos, em 22 de janeiro de 2013, em uma boate de Milão. Na época, o jogador brasileiro defendia o Milan. A pena foi colocada em suspenso (sem a necessidade de seu cumprimento) até o julgamento da apelação da defesa em segunda instância.
O fato, no entanto, foi visto por Peres como um problema para que o Santos contratasse Robinho naquele ano. "O perfil que queremos é de um atleta de boa imagem, no Brasil e exterior, sem aventuras. Não podemos trocar o valor institucional do nosso clube por uma simples decisão de campo. Ainda mais no caso dele, uma vez que é plano da minha gestão trazer cada vez mais mulheres aos estádios. Primeiro vem nossa marca. Primeiro vem o Santos", argumentara o dirigente em entrevista à ESPN.