A Secretaria de Estado americano disse condenar a decisão do governo de Hong Kong em adiar, por um ano, as eleições ao Conselho Legislativo, espécie de parlamento do território autônomo. As eleições estavam inicialmente agendadas para o dia 6 de setembro. "Não há razão válida para um adiamento tão extenso. É provável, portanto, que Hong Kong nunca mais seja capaz de votar – em algo ou alguém", disse, em nota, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
"Essa ação lamentável confirma que Beijing, não tem intenção de honrar os compromissos feitos ao povo de Hong Kong e ao Reino Unido, sob a Declaração Conjunta Sino-Britânica, tratado registrado nas Nações Unidas, e a Lei Básica Constituição de Hong Kong", diz o texto.
O secretário pede ainda que as autoridades de Hong Kong reconsiderem a decisão de adiar as eleições e que remarquem a realização do pleito para uma data próxima à original, sob risco de que a região "continue a marcha para se tornar apenas mais uma cidade na China administrada pelo comunismo".
Sobre as prisões de quatro estudantes em Hong Kong na última semana, Pompeo afirmou pelo Twitter: "Nós estamos gravemente preocupados com a prisão de quatro estudantes em Hong Kong sob a nova Lei de Segurança Nacional e a desqualificação dos candidatos pró-democracia. Beijing continua a quebrar suas promessas e eviscerar a autonomia de Hong Kong". Desde março do último ano, a população de Hong Kong tem se reunido nas ruas para protestar o governo local e a proposição de um projeto de extradição para a China.