Segurança nunca foi tão grande em Davos

Os atiradores de elite, os snipers, são muitos e estão em toda parte — no teto dos prédios, no aeroporto, no alto das torres. Tropas de elite cobrem o perímetro da cidade a partir de cinco pontos. Helicópteros artilhados são mantidos em alerta, prontos para entrar em ação e duplas de caças supersônicos patrulham o céu alpino, cinzento quase todos os dias nessa época do ano e agora fechado para outros voos, a não ser os das autoridades participantes do Fórum Econômico e os da grade dos pousos comerciais rigorosamente controlados. Policiais de fardas negras e militares de esquadrões de operações especiais circulam pelas ruas estreitas portando armamento pesado. A intervalos regulares, em esquinas e praças, blindados sobre rodas servem de posto de comando. Em Davos, onde se reúnem desde terça-feira, 21, chefes de Estado, dirigentes da economia do mundo, líderes empresariais globais, analistas e ativistas de todas as faixas do espectro social, o esquema de segurança nunca foi tão grande – e muito caro. Os custos estimados batem nos US$ 35 milhões. Há uma reserva de emergência de cerca de US$ 10 milhões, informaram na terça-feira o Ministério da Defesa, em Berna, e o governo do Estado de Graubünden, Os números dos efetivos envolvidos são considerados informação reservada pelo governo da Suíça, mas eram estimados em cerca de 5 mil homens e mulheres em campo.

A primeira ameaça na lista dos riscos é a de um ataque terrorista. A consequência dessa condição se reflete nos cuidados que cercam, por exemplo, a comitiva do presidente americano, Donald Trump. O grupo envolve de 200 a 250 pessoas, 70 das quais são agentes do serviço secreto e oficiais das Forças Armadas. Carros blindados capazes de resistir ao impacto direto de uma arma antitanque, helicópteros e células eletrônicas para comunicações protegidas do presidente foram levadas para a Suíça por imensos cargueiros C-17.

Boa parte do orçamento da segurança foi aplicada em infraestrutura, como a expansão do terminal aéreo. Davos é uma cidade de 11 mil habitantes. A estação de esqui fatura com o evento anual A previsão é de que as finanças regionais contabilizem US$ 330 milhões em vendas e serviços.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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