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Sem acordo, sindicato mantém greve na Ceagesp

Não houve acordo na reunião entre a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e o Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sindbast), para tratar da greve de cerca de 700 funcionários de vários setores, iniciada nesta terça-feira, 12. A negociação aconteceu durante a manhã na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

Segundo o Sindbast, os grevistas querem aumento salarial de 6,38%, mais 5% por produtividade sobre o valor reajustado. Além disso, a categoria reivindica melhorias no plano de cargos e em benefícios. “Queremos aumento de pelo menos 100% na cesta básica”, afirmou Antônio Paulo Fernandes, secretário-geral do Sindbast.

Por sua vez, a Ceagesp argumenta que não pode oferecer aumento acima do reajuste do IPCA, de 6,38%, por se tratar de ano eleitoral. Sem acordo, o caso pode ser levado ao Tribunal Regional do Trabalho. “Vamos aguardar novas propostas ou que a situação seja julgada pela Justiça”, disse Fernandes.

Tranquilidade

O mercado da Ceagesp, na Avenida Dr. Gastão Vidigal, Vila Leopoldina, zona oeste, funcionou normalmente nesta terça-feira, 12, apesar da greve. A Feira de Flores, que acontece às terças e sextas, das 5h às 10h30, no pavilhão Mercado Livre do Produtor, também aconteceu sem interferências da paralisação.

A greve, que começou à meia-noite, atinge a administração, fiscalização, segurança, manutenção operacional e controle de qualidade na capital e no interior. Dentro da Ceagesp, no entanto, muitos comerciantes afirmam que nem sabiam da paralisação.

Segundo a companhia, a greve não atrapalha diretamente o funcionamento do mercado e da feira porque o serviço de áreas estratégicas, como segurança e limpeza, também são feitos por empresas terceirizadas. Além disso, um contingente de servidores foi mantido em plantões nos setores de fiscalização e controle. O impacto maior seria na administração.

No início da manhã, um carro de som do Sindbast foi levado para a frente da sede do sindicato, que fica ao lado do portão 7 da Ceagesp, para informar aos funcionários sobre a paralisação. Ainda assim, os que optaram por cumprir o expediente não foram impedidos.

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