O País tinha cerca de 1,3 milhão de empresas de Serviços não financeiros em 2014, que totalizaram R$ 1,4 trilhão em receita operacional líquida e R$ 842,1 bilhões em valor adicionado. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As empresas ocuparam 13 milhões de pessoas e pagaram R$ 289,7 bilhões em remunerações no ano. A produtividade média – divisão do valor adicionado pelo total de ocupados – chegou a R$ 64.010.
O pessoal ocupado no setor de Serviços aumentou 4,5% em relação ao ano anterior, enquanto a receita operacional líquida teve crescimento real de 6,5% e a massa salarial aumentou 8,0%, já descontada a inflação do período.
O segmento que deu a maior contribuição ao crescimento da massa salarial foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que aumentou 7,6%, o equivalente a um impacto de 2,8 pontos porcentuais. Entre as atividades, as três que mais contribuíram foram serviços de alimentação, impulsionados pelo aumento de contratações para a Copa do Mundo de 2014; tecnologia de informação, devido à entrada de novas empresas no mercado; e transporte rodoviário de cargas, puxado pela safra recorde de grãos em 2014.
Todas tiveram impacto positivo de 1,1 ponto porcentual na elevação da massa salarial dos serviços.
A Copa do Mundo, realizada no Brasil em 2014, também teve influência sobre a receita bruta das empresas dedicadas às atividades culturais recreativas e desportivas, que mostrou a maior variação real em relação a 2013 nas regiões Norte (18,0%), Nordeste (37,8%) e Sul (20,2%). O resultado acompanha a evolução da taxa de investimento dessas atividades, que passou de 4,8% em 2011 para 10,0% em 2012, 12,3% em 2013 e 12,0% em 2014, impulsionada pelo campeonato mundial de futebol.
As atividades culturais, recreativas e esportivas também mostraram a maior alta real dos salários em 2014 (19,3% em relação ao ano anterior) e, ainda, foram responsáveis pelos maiores aumentos porcentuais em postos de trabalho nas regiões Norte (25,1%) e Sul (12,9%).
Na passagem de 2013 para 2014, entretanto, oito das 35 subdivisões dos Serviços mostraram queda no número de trabalhadores ocupados: Telecomunicações (-8,0%), Agências de viagem, operadores turísticos e outros serviços de turismo (-7,5%), Manutenção e reparação de objetos pessoais e domésticos (-6,6%), Transporte dutoviário (-2,6%), Seleção, agenciamento e locação de mão de obra (-2,6%), Agências de notícias e outros serviços de informação (-2,3%), Edição e edição integrada à impressão (-0,5%) e Esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais (-0,5%).
Em 2014, a região Sudeste concentrou 64,9% da receita bruta dos Serviços, 65,2% das remunerações e 58,4% do pessoal ocupado, além de pagar o maior salário médio (2,6 salários mínimos).