Política

Sessão é marcada por manifestação, tumulto e trabalhos suspensos

   Um grupo de moradores da comunidade São Rafael interrompeu por 10 minutos a Sessão Ordinária desta terça-feira (5), na Câmara de Guarulhos. A população se manifestou contra a reintegração de 1.408 metros quadrados no terreno da Bandeirantes Energia, onde moram 4oo famílias. Os barracos foram demarcados e serão destruídos em breve, porque estão sob os fios de alta tensão em área de risco. A Comissão de Habitação da Casa recebeu representantes da comunidade para encaminhar as solicitações à Secretaria Municipal de Habitação.
 
Na Tribuna Livre, o munícipe Gilson de Sousa Santos disse que as reuniões da Comissão de Obras e da Secretaria de Habitação não atenderam ao pedido de reurbanização da favela São Rafael. “Tudo que ganhamos foi uma inscrição no programa Minha Casa Minha Vida, que vai demorar 100 anos para sair”, desabafou. Geraldo Celestino disse que a culpa é da Prefeitura. “Na época da eleição o governo colocou uma placa prometendo a urbanização da favela, mas mentiu porque o município está quebrado e sem dinheiro.”
 
Foram votados apenas dois itens da Ordem do Dia. Os parlamentares mantiveram o veto parcial ao PL 4303/2015, que dispõe sobre a fixação da despesa e receita do município para o exercício financeiro de 2016. O veto total ao PL 241/2002, que permite a instalação de guaritas nos logradouros públicos também foi mantido.Foram deliberados 11 Requerimentos que serão encaminhados ao Executivo sobre canalização de córrego, paralisação de obras, pavimentação, manutenção de bueiros, limpeza de praças, manutenção de pontos de ônibus, entre outros temas.
 
Durante o Pequeno Expediente, o vereador Alexandre Dentista (PSDC) reclamou também da falta de médicos e da superlotação das Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Enquanto a Prefeitura alugou um prédio enorme para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, a UBS Vila Rio não tem espaço para abrigar a população.” O parlamentar também criticou a falta de ambulâncias do Samu. Guti (PSB) concorda com as reclamações. “Visitei várias unidades que não tinham nenhum médico e no Maria Dirce a máquina de raio X está quebrada há 30 dias.” Os vereadores se referiam à evasão de médicos provocada pela implantação do ponto eletrônico de registro de frequências. “Vamos mandar uma representação ao Ministério Público para cobrar providências na área da saúde”, reiterou Guti.
 
Na Sessão desta terça diversos parlamentares que estavam afastados para exercer cargos de secretariado na Prefeitura reassumiram como vereadores titulares, entre eles Edmilson Souza (PT), João Dárcio (PTN), Prof. Moacir (PT) e Genilda Bernardes (PT). Na próxima quinta-feira (14), após Sessão Ordinária, o presidente da Câmara convocou uma Sessão Extraordinária para discussão e votação dos Projetos de Consolidação da Legislação Municipal. A Sessão foi encerrada por falta de quórum.

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