Já são 11 as mortes confirmadas por febre amarela em moradores do Estado de São Paulo neste ano, segundo números divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado nesta quinta-feira, 13. Entre esses casos, cinco são considerados importados, ou seja, os pacientes adquiriram a doença no Estado de Minas Gerais. Em municípios paulistas, foram confirmados 14 casos autóctones de febre amarela silvestre este ano e, desses, seis evoluíram para óbito, o que mostra o alto grau de letalidade da doença. Outros 17 casos de febre amarela estão em investigação – em 11 desses os pacientes podem ter se contaminado no próprio Estado paulista.
Conforme a pasta, os óbitos decorrentes de contaminações que aconteceram dentro do Estado foram registrados nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Araraquara, Batatais, Tuiuti e Monte Alegre do Sul. Os demais casos confirmados, mas sem óbito, aconteceram nas cidades de Monte Alegre do Sul, Araraquara, Águas da Prata, Amparo. Santa Cruz do Rio Pardo e Mococa. As mortes confirmadas em que os pacientes se infectaram fora do Estado foram em Santana de Parnaíba, Paulínia e três na capital.
Desde o ano passado, foram confirmados 72 casos positivos de febre amarela em primatas não humano nas regiões silvestres de Ribeirão Preto, Barretos, Franca, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Sorocaba e Campinas. Nessas regiões foram feitas ações de bloqueio de vetores e pesquisas em matas. Os macacos são vítimas da febre amarela como os humanos e não transmitem o vírus, apenas indicam a presença deles, servindo de alerta para as pessoas.
Em Campinas, a prefeitura confirmou nesta quinta-feira o segundo caso suspeito de febre amarela. O homem, morador do distrito de Sousas, chegou a ficar internado, mas já recebeu alta. O primeiro caso havia sido confirmado na terça-feira, 11, na mesma região. O paciente, um idoso, ainda está internado. A partir de segunda-feira, 17, a vacinação será ampliada nos 64 postos da cidade.
De acordo com a Secretaria estadual, a vacina contra a febre amarela é indicada apenas para moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar a esses locais. No Brasil, não há casos de febre amarela urbana desde 1942.