A Secretaria da Saúde de Sorocaba, interior de São Paulo, recebeu nesta terça-feira, 11, a confirmação do primeiro caso de leishmaniose visceral humana. O caso é considerado importado.
A paciente, uma criança de 1 ano e 7 meses, mora na cidade, mas passou um mês no Estado de Sergipe, onde teria contraído a doença.
Um laudo do Instituto Adolfo Lutz, instituição de saúde credenciada para a validação do diagnóstico, confirmou a doença. A criança está internada em hospital e recebe medicação desde a última sexta-feira, 7. O quadro inspira cuidados pela febre persistente, falta de apetite e perda de peso.
A cidade de Indiaroba, em Sergipe, onde a criança permaneceu de março a abril deste ano, está classificada entre os 25 municípios com maior incidência de leishmaniose visceral no Estado.
A leishmaniose é uma doença que pode acometer cães e humanos, causada por um protozoário transmitido pelo mosquito palha, vetor presente na região.
Conforme a Divisão de Zoonoses, o bairro onde a menina residiu desde o nascimento não tem registros da presença do mosquito, nem casos de cães contaminados.
Em Sorocaba, a forma cutânea da leishmaniose vem sendo registrada há alguns anos, mas a forma visceral, mais grave, embora detectada em cães desde 2015, ainda não tinha sido observada em pessoas.
No Estado de São Paulo, em 2016, foram registrados 144 casos de leishmaniose visceral, com 9 mortes, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Mais de 90% dos casos aconteceram nas regiões oeste e noroeste do Estado, mas 4 mortes foram registradas na Baixada Santista.