O secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que a Prefeitura fez um pedido formal de cinco milhões de doses da vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. De acordo com o secretário, a resposta deve ser dada na semana que vem.
Na terça-feira (16), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segundo turno projeto de lei – já sancionado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) -, que autoriza a Prefeitura a ingressar no consórcio, entre municípios e unidades da federação, para a aquisição de vacinas contra a covid-19. No último mês, o colegiado de vereadores já havia dado permissão ao município para a compra individual em emenda apresentada a texto de renovação do auxílio emergencial pago pela capital paulista.
Segundo a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) já reúne a adesão de 2.492 municípios brasileiros, dos 5.570 e a cobertura de 150,9 milhões de brasileiros. De acordo com Covas, caso seja feita a contratação por meio do consórcio, as vacinas serão todas doadas para incorporação ao programa nacional de imunização contra a covid-19.
Segundo o secretário, o município iniciou uma rodada de negociação com laboratórios. Aparecido declara que a estratégia é ter o máximo de vacinas possíveis e "correr no processo de imunização". "A vacinação em massa é absolutamente imprescindível", destacou. Nesta semana, a cidade recebeu 243 mil doses da vacina da Coronavac pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
De acordo com secretário, as internações de indivíduos com mais de 85 anos estão diminuindo conforme a vacinação avança. No entanto, 82% das internações ainda são de pessoas acima de 59 anos.
Nesta sexta-feira (19), terá início na cidade, alinhada ao plano estadual, a vacinação dos cidadãos com mais de 72 anos.
<b>Velocidade da pandemia</b>
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, destacou que a velocidade com que a pandemia avança sobre a população paulista é superior à capacidade do Poder Público de abrir novos leitos. De acordo com o secretário, a taxa de ocupação de UTI supera 90% no Estado e na Grande SP.
Em coletiva de imprensa, Gorinchteyn destacou a importância da cooperação da população com as medidas de distanciamento social. Para o secretário, a taxa de mobilidade social aferida na quarta-feira (17) está em 43% e, "infelizmente está longe do que precisamos".
Segundo ele, "não é momento de jogar a toalha; podemos perder tudo o que já fizemos". "Se não entenderem que precisam se resguardar, pragas vão vencer; e estão vencendo", declarou. O secretário lamentou o primeiro óbito na cidade de São Paulo à espera de atendimento hospitalar na rede pública. A morte ocorreu na unidade de pronto-atendimento de São Mateus, na zona leste da cidade. O paciente tinha 22 anos.