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SP terá app com alerta para polícia e Samu em escola pública e privada

O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo divulgaram pacotes de medidas de segurança e promoção de cultura de paz em escolas, após casos de atentados em instituições de ensino. Entre as medidas estão aplicativos com botões de emergência para acionamento rápido da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que o botão "Segurança Escolar" funcionará dentro do aplicativo 190 SP da Polícia Militar. Todos os casos acionados por meio dele terão preferência no despacho de viatura, assim como já é feito com o aplicativo SOS Mulher. A nova função do aplicativo 190 SP também possibilitará que estudantes denunciem atitudes suspeitas em sala de aula e fora dela, anexando prints de redes sociais suspeitas, de maneira anônima.

Já a Prefeitura vai lançar no dia 19 o próprio aplicativo, chamado "Botão de Alerta", que funcionará para as unidades escolares municipais, estaduais e particulares da capital. Os aplicativos terão sistema integrado; ambos servem para o acionamento das forças públicas em caso de emergência.

O prefeito Ricardo Nunes (PSDB) e os secretários do Comitê de Proteção Escolar do Município explicaram que, no caso do "Botão de Alerta", apenas profissionais da educação poderão pedir por socorro. Os profissionais devem baixar o APP nos próprios celulares, por meio das lojas de aplicativos, e se cadastrar. Caso ocorra algum incidente, bastará acionar o botão para que equipes da Polícia Militar e do Samu sejam imediatamente deslocadas até a escola.

<b>Rondas</b>

As rondas escolares também foram reforçadas. No Estado, 600 vagas serão ofertadas para que policiais integrem as rondas durante as folgas e, especificamente na capital, haverá aumento de 50% da ronda feita pelos guardas-civis metropolitanos (GCMs), com 32 novas viaturas, totalizando 96 carros.

Serão feitos ainda treinamentos de profissionais da educação, saúde, assistência social e segurança urbana para que eles ajam de forma integrada na prevenção e no combate à violência dentro de escolas. Só na cidade de São Paulo, o investimento é de R$ 35,4 milhões ao ano.

<b>Reforço psicossocial</b>

Além da segurança, governo e Prefeitura afirmam que a promoção do bem-estar dentro das escolas é prioridade. Escolas estaduais passarão a ser atendidas ao menos uma vez por semana por um psicólogo – ao todo serão 550 profissionais contratados. Nas municipais, o trabalho que já vinha sendo feito com psicólogos e psicopedagogos será ampliado em 25%, passando de 93 para 117 o número de profissionais em atuação no Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA).

O programa de Mães Guardiãs, que foi criado no retorno às aulas presenciais para reforçar as medidas de segurança contra a covid-19, será ampliado em 2 mil vagas e passará a servir também como meio da promoção da cultura de paz e identificação de conflitos. As mães dos alunos que participam do programa recebem um salário de R$ 1.367 para desempenhar o papel. Elas terão treinamentos específicos contra violência.

Especialistas alertam que só barreiras de segurança não são suficientes e defendem que ações em prol da convivência pacífica sejam parte dos projetos pedagógicos das escolas. "O principal investimento deve ser em identificar conflitos, bullying e lidar com eles, fortalecendo a estrutura escolar e a capacidade dos professores e equipe técnica para isso, além de trazer apoio para a saúde mental dos trabalhadores e estudantes", aponta nota técnica do Instituto Sou da Paz, divulgada nesta semana.

Ao <b>Estadão</b>, o secretário da Educação, Renato Feder, disse que também vai formar 5 mil professores para atuar na convivência das escolas. Trata-se da ampliação de um programa, em que um docente, geralmente das áreas de Ciências Humanas ou de Educação Física, tem a função de conversar com alunos, identificar questões de saúde mental e encaminhar casos para um tratamento profissional. Também há previsão de melhorar o aplicativo usado pelas escolas para integrá-lo a serviços de saúde e ao conselho tutelar. "Se o aluno estiver com depressão e precisar de psiquiatra, a UBS vai ter acesso ao aplicativo e a escola vai depois cobrar, saber se foi feita a consulta."
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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