Estadão

SP: vamos deixar caixa de mais de R$ 33 bi em recursos livres, diz Felipe Salto

O Secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo Felipe Salto afirmou nesta quinta-feira, 22, que sua gestão à frente da pasta deixa em caixa mais de R$ 33 bilhões para o próximo governador. A declaração foi dada em um evento de apresentação da evolução dos indicadores fiscais dos últimos 27 anos no Estado, período que abrange os governos do PSDB em São Paulo. "Com esse valor é possível pagar quatro vezes a folha mensal de gastos do estado de São Paulo", afirmou o secretário.

No evento, o secretário também destacou outros indicadores, como a média de R$ 27 bilhões investidos a cada ano na gestão de Rodrigo Garcia. "Costumo falar que é uma herança bendita para os próximos governos, com o menor nível da dívida na série histórica", comentou Salto, citando que com o volume de investimento projetado para os próximos anos será possível, por exemplo, aumentar em 40% o tamanho da linha férrea no estado.

Na avaliação de Salto, todo o histórico de responsabilidade fiscal do Estado nos últimos anos contribuiu para que o nível de investimentos chegasse ao nível atual no estado. "O resultado das gestões passadas permitiu, também, que as contas fossem honradas no período da pandemia, quando houve queda de arrecadação", afirmou.

<b>Nomeações</b>

Um dos nomes cogitados para a secretaria de Tesouro do Ministério da Fazenda, Felipe Salto afirmou que continua conversando com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, mas que a formação da nova equipe econômica "é uma questão política". O futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad deve anunciar o nome do secretário do Tesouro e demais integrantes da pasta ainda hoje.

Sobre a atuação junto ao governo de transição do governo federal, Salto afirmou que seu contato principal foi sempre com Alckmin, e que isso mostra um reconhecimento do seu trabalho feito à frente da secretaria da Fazenda em São Paulo. "Respeito muito o Alckmin, é alguém que sempre gosta de ouvir opiniões técnicas, mas a questão das nomeações é uma questão política", afirmou. "Claro que se houver qualquer tipo de convite será considerado", acrescentou Salto, que disse que também tem recebido sondagens para trabalhar no setor privado em 2023.

Em relação a futura administração de Fernando Haddad à frente do ministério da Fazenda, Salto afirma que "para fazer projeções é preciso olhar para o passado". Segundo ele, a gestão de Haddad na Prefeitura de São Paulo "foi excelente", entre outras coisas, por causa da redução do volume de dívidas da prefeitura.

Salto também elogiou a nomeação já anunciada de Bernardo Appy como futuro secretário especial da reforma tributária, que ele considera "excelente". "O que não significa que eu subscrevo integralmente a proposta de Appy para a reforma tributária", disse Salto, que espera o anúncio oficial de novos nomes para fazer novas avaliações.

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