Cidades

Stella Maris ainda aguarda por ajuda financeira

Hospital aguarda repasse estadual de verbas, sem o qual pode fechar na segunda-feira

A direção do Hospital Stella Maris (HSM) definiu em reunião realizada ontem de manhã, que o atendimento será suspenso a partir de segunda-feira, caso não recebam um repasse do governo do Estado, até o fim desta semana. O hospital não tem mais recursos para efetuar a segunda parte do pagamento dos médicos e as demais despesas da entidade também estão comprometidas.

Segundo a direção do HSM, os salários da classe médica representam mais de um milhão de reais por mês. O adiantamento de agosto, cedido pela prefeitura, no valor equivalente de R$ 1,08 milhão, serviu apenas para efetuar o pagamento da primeira parte dos salários dos médicos, efetuado no último dia 20. Mas, sem o repasse do Estado, o HSM não tem condições de pagar a segunda parte, que está prevista para ser executada no dia 30 de julho.

Para o médico e vereador, José Mário (sem partido) só existem duas soluções possíveis para o HSM. "Ou o Estado realiza uma intervenção na administração do hospital, ou a Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris precisará pedir dinheiro para o Banco do Vaticano, por intermediação do Papa". O vereador declara que não tem nada contra a igreja católica, mas só não admite a incompetência administrativa da irmandade.

Em visita ao HSM, realizada na semana passada, o secretário municipal Carlos Derman explicou que a prefeitura está realizando gestões com o governo do Estado para que a ajuda possa ser efetuada de forma conjunta.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, depois que o adiantamento de agosto foi efetuado, as equipes médicas que protocolaram demissão coletiva, decidiram aguardar e dar continuidade ao atendimento.

De acordo com a secretaria, está sendo liberado semanalmente uma série de itens que inclui medicamentos, materiais de enfermagem, materiais para o centro cirúrgico, para as enfermarias, UTIs e para hemodiálise, além de oferecer apoio técnico para a viabilização de produtos alimentícios e algumas nutrições especiais. A secretaria declara que se não houvesse esse tipo de abastecimento, alguns setores já estariam fechados.

A Secretaria Estadual de Saúde informa que a Coordenadoria das Regiões de Saúde, ainda está avaliando a situação do HSM, através do coordenador Affonso Viviani Júnior, que ainda não estabeleceu um prazo para definir a posição do Estado.

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