O longo imbróglio judicial em que se transformou a eleição presidencial do Vasco parece próximo de terminar, e sem final feliz para Eurico Miranda. Nesta terça-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido da atual diretoria do clube e manteve a impugnação aos votos da urna 7 do pleito, realizado no ano passado.
Caso não haja qualquer reviravolta nos próximos dias, a chapa “Sempre Vasco”, encabeçada por Julio Brant, será considerada vencedora da eleição realizada em novembro de 2017. Se isso acontecer, Brant deverá ser confirmado como novo presidente do clube nesta sexta-feira.
No atual cenário, com a confirmação de sua vitória, a chapa “Sempre Vasco” indicará 120 conselheiros ao conselho deliberativo, enquanto a “Reconstruindo o Vasco”, de Eurico, terá apenas 30. São ainda 150 conselheiros natos, o que resulta nos 300 que têm direito a voto.
Com esta nova composição, o conselho se reunirá na sexta-feira para indicar o novo presidente vascaíno, e Brant deverá ser nomeado. Vale lembrar que nunca na história do Vasco um presidente foi aclamado vencedor pelo conselho após sua chapa ter perdido a eleição entre os sócios.
A decisão do STJ foi mais um capítulo em meio a uma longa briga judicial, com liminares de ambas as partes. Na eleição do ano passado, a chapa de Eurico saiu vencedora, mas apenas graças aos votos da urna 7, que foi impugnada diante das acusações de fraude. Sem estes votos, anulados pela Justiça, a chapa liderada por Brant levou a melhor, enquanto a “Reconstruindo o Vasco” dá suas últimas cartadas na Justiça.
Os dois candidatos à presidência chegaram a trocar farpas nos últimos dias. Brant deu entrevista na qual já se considerava presidente do Vasco e acusava Eurico de organizar um “desmanche” intencional na estrutura e no elenco do clube. O atual presidente rebateu e apontou uma tentativa de “boicote” do concorrente.