Estadão

Swiatek brilha, supera Jabeur e se sagra campeã do US Open pela primeira vez

A polonesa Iga Swiatek confirmou neste sábado seu domínio no circuito na atual temporada ao conquistar o título do US Open. A tenista número 1 do mundo oscilou mais do que o esperado, mas superou a tunisiana Ons Jabeur por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 7/6 (7/5), em 1h51min, em Nova York.

Trata-se do terceiro título de Grand Slam de Swiatek, campeã de Roland Garros neste ano e também em 2020. O segundo troféu de Major neste ano confirma sua grande fase na temporada, principalmente por vencer uma final que contou com as duas melhores tenistas de 2022 – Jabeur é a atual quinta do mundo, mas está em segundo no ranking do ano.

Swiatek é a tenista mais vitoriosa do circuito atualmente, e não somente pelas duas conquistas de Grand Slam. Ela soma agora sete títulos em 2022 – e dez no total. Na metade da temporada, chegou a ostentar uma série invicta de 37 partidas, quando empilhou os troféus dos WTA 1000 de Doha, Indian Wells, Miami e Roma, do WTA 500 de Stuttgart e de Roland Garros.

Ao mesmo tempo, a polonesa sustenta um ótimo aproveitamento em finais. Agora são 10 títulos em 11 finais disputadas. De quebra, passou a liderar o retrospecto contra Jabeur. Agora ela soma três vitórias e duas derrotas em duelos com a tunisiana, que disputava sua segunda final de Grand Slam da carreira – foi vice-campeã em Wimbledon neste ano.

Mais regular e estável ao longo de toda a final, a tenista da Polônia soube fazer valer seu favoritismo no primeiro set. Ela esbanjava eficiência em todos os golpes, no fundo de quadra e também na rede, aproveitando as inesperadas dificuldades encontradas por Jabeur no começo da partida. No segundo set, Swiatek caiu de rendimento e a tunisiana tentou reagir, sem sucesso. No tie-break, a polonesa voltou a controlar a partida e selou o título.

Favorita, Swiatek começou melhor e se impôs no primeiro game de saque da tunisiana. Em seu serviço, não deu brechas para a adversária e, assim, abriu 3 a 0 sem maiores dificuldades, diante do nervosismo e de certo desconforto de Jabeur.

A polonesa alcançava todos os cantos da quadra, com sua reconhecida eficiência defensiva, enquanto a tunisiana sofria para impor seu jogo agressivo. Swiatek fechou o set inicial ao faturar três quebras de saque, contra apenas uma da adversária.

A segunda parcial teve início com a polonesa esbanjando confiança, diante de uma Jabeur instável, já dando demonstrações de desânimo em quadra. Mesmo assim, a tunisiana se manteve no jogo, protagonizando belas trocas de bola com a número 1 do mundo.

Como aconteceu no set inicial, Swiatek quebrou logo no primeiro game de serviço da rival. Abriu 2 a 0, entre belas passadas e devoluções sólidas. Jabeur esboçou reação ao devolver a quebra no quinto game, diminuindo a vantagem da número 1 do mundo para 3 a 2.

O roteiro repetia a primeira parcial. Desta vez, porém, a tunisiana não se abalou quando a rival obteve nova quebra e foi para cima buscar nova imposição no saque da líder do ranking. Sob pressão, mas com novo ânimo, Jabeur confirmou seu serviço e empatou em 4 a 4. A reação empolgou o público no Arthur Ashe Stadium, que passou a apoiar a tenista da Tunísia. A torcida queria mais jogo e ansiava por um terceiro set.

Mas a tenista polonesa não atendeu ao desejo das arquibancadas da quadra central do Grand Slam americano. Em um duelo agora equilibrado, as duas finalistas fizeram disputa apertada em cada game, com direito a um match point salvo pela tunisiana. No instável tie-break, recheado de erros, Swiatek enfim voltou a se impor em quadra e não decepcionou a segunda chance de fechar o jogo e garantir o troféu.

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