O movimento do dólar acabou influenciando as taxas de juros na sessão de giro baixo desta quarta-feira, 10, sobretudo no período vespertino. As taxas terminaram o pregão com leve alta nos vencimentos curtos e intermediários e um avanço mais firme nas taxas longas. Neste último caso, o clima de aversão ao risco no exterior acabou contribuindo para o movimento. Em toda a curva, no entanto, a cautela predominou nesta véspera de divulgação de ata do Copom.
Ao término da negociação regular, a taxa do DI para abril de 2015 (51.175 contratos) marcava 11,97%, de 11,96% no ajuste anterior. O DI para julho de 2015 (26.985 contratos) estava em 12,26%, de 12,22% ontem. O juro para janeiro de 2016 (103.385 contratos) indicava 12,49%, de 12,47% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (94.235 contratos) apontava 12,40%, de 12,39% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (72.135 contratos) tinha taxa de 12,17%, de 12,06% ontem.
Se pela manhã os investidores estavam mais dormentes, sem muita vontade de assumir posição nesta véspera de ata do Copom, à tarde as taxas acabaram cedendo ao movimento do dólar, corrigindo um pouco da tendência de queda que perdura desde a reunião do Copom, na noite de quarta-feira da semana passada. Na ocasião, o comunicado que acompanhou a decisão de elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano, foi considerado mais “dovish” do que se esperava.
O dólar terminou a sessão em alta de 0,66%, a R$ 2,6120, maior preço desde 15 de abril de 2005. O movimento foi influenciado pela alta da moeda no exterior, em boa medida afetada pela reação dos investidores aos dados da China e também ao preço do petróleo. O recuo da commodity levou a uma baixa das moedas de países emergentes, inclusive o real, enquanto a perspectiva de medidas de estímulo na China levou o dólar para um movimento altista e influenciou os juros.
O dado de fluxo de veículos pelas estradas pedagiadas não chegou a afetar os DIs futuros. Pela manhã, a ABCR e a Tendências Consultoria divulgaram que o fluxo total de veículos pelas estradas com pedágio do País recuou 0,4% em novembro na comparação com outubro, já descontados os efeitos sazonais, e 0,5% ante novembro passado. O movimento de veículos pesados caiu 0,3% na margem e 2,7% ante novembro do ano passado.