Os juros futuros operam em leve baixa desde a abertura da sessão, guiados pelo dólar fraco e precificando o ambiente externo positivo na manhã desta segunda-feira, 18. No mercado internacional, pesam expectativas de aprovação da reforma tributária dos Estados Unidos nesta semana, além de um esperado gradualismo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na política monetária nos próximos anos.
Nesta segunda, o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, que tem direito a voto nas decisões de política monetária em 2018, previu três elevações de juros em 2018 e duas em 2019 e outras duas em 2020.
Na renda fixa, investidores olharam mais cedo para o IBC-BR, que veio dentro do esperado. Após subir 0,27% em setembro (dado já revisado), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,29% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, segundo o Banco Central.
O resultado ficou dentro do intervalo obtido pelo Projeções Broadcast, de -0,50 a +0,40%, e acima da mediana de -0,10%. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 136,04 pontos para 136,44 pontos na série dessazonalizada de setembro para outubro. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde dezembro de 2015 (136,98 pontos).
Na pesquisa Focus, a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 caiu de 2,88% para 2,83%. Há um mês, estava em 3,09%. Já a projeção para o índice de 2018 passou de 4,02% para 4,00%, ante 4,03% de quatro semanas atrás.
A Selic média de 2018 passou de 6,78% para 6,75% ao ano, ante 6,84% quatro semanas atrás. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa de alta este ano passou de 0,91% para 0,96%, ante +0,73% há um mês. Para 2018, o mercado aumentou a previsão de alta do PIB de 2,62% para 2,64%.
Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,51%. Na última quinta-feira, a Fazenda anunciou a revisão da sua grade de parâmetros macroeconômicos e projetou para 2017 avanço de 0,5% para 1,1%. Para 2018, a previsão passou de 2,0% para 3,0%.
Às 10 horas, o DI para janeiro de 2020 estava em abre a 8,26%, de 8,27% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 caía a 9,28%, de 9,29% no ajuste de sexta-feira. No câmbio, o dólar à vista recuava 0,46%, aos R$ 3,2920. O dólar para janeiro de 2018 estava em R$ 3,2950, baixa de 0,11%.