"DDP4469", com Núcleo Cênico Projeto Bazar
9 e 16 de março
Épico/50 minutos/12 anos
Pareceres de censores, abaixo assinados, cartas governamentais e de artistas foram "recortados, colados, fragmentados e interpretados" para que os atores venham à cena falar ao público sobre essa representação que "ofende frontalmente à dignidade de nosso povo" (trecho do espetáculo). Os atores, ora como personagens, ora como pesquisadores do arquivo, revezam suas críticas utilizando as palavras do processo cuja numeração é homônima ao título do espetáculo.
"Beijo no Asfalto", com Grupo Teatral Espalhafatos
23 e 30 de março
Drama / 65 minutos / 12 anos
Na Praça da Bandeira, Rio de Janeiro, um desconhecido é atropelado por um lotação. Antes de morrer, o rapaz pede um beijo a Arandir, um jovem de coração puro que passava por ali na hora da tragédia. Amado Ribeiro, repórter do jornal "Última Hora", presencia o beijo na boca entre os dois homens e, junto com o delegado corrupto Cunha, transforma a história do último desejo de um agonizante em manchete principal. O sensacionalismo do jornal muda completamente a história, retratando Arandir como um homossexual criminoso que empurrou o amante e depois o beijou. A vida do jovem se transforma num inferno e nem mesmo sua mulher, a doce e amável Selminha, acredita que ele é inocente.
"Há Traídos" – Grupo Até Quando
6 e 13 de abril
Drama Musical / 50 minutos / 12 anos
O ponto de partida foi a criação de cenas que dialogassem com músicas nacionais. Inesperadamente o tema de todas as cenas criadas pelos atores giravam em torno de temas como morte e traições. A partir disso o diretor uniu as cenas fragmentadas, trabalhou as músicas (que vão de Chico Buarque a Cássia Eller) e amarrou um espetáculo permeado por trechos de textos rodrigueanos. O resultado é uma emocionante colagem de depoimentos das personagens que envolve os espectadores do início o fim.
"Toda Nudez" – Grupo Simbiose
20 e 27 de abril
Drama/60 minutos/12 anos
Montagem inspirada no texto "Toda Nudez Será Castigada" de Nelson Rodrigues. Herculano, pertencente a uma família conservadora povoada de tias faladeiras e beatas, fica viúvo e com um filho para tutoriar. Este filho, Serginho, pede ao pai que jure nunca mais casar-se e Herculano faz o juramento. Patrício, irmão de Herculano, endividado com mulheres e jogo, consegue apresentar ao irmão uma prostituta, por quem o protagonista fica perdidamente apaixonado. Ela é Geni, uma mulher que vive diariamente a agonia e o êxtase de uma obsessão: morrer de câncer no seio. Contra tudo e contra todos, Herculano casa-se com Geni e a leva para viver consigo no casarão da família. Ali esta conhece Serginho, por quem se envolve e se apaixona. Serginho pretende acabar com o casamento do pai a todo custo e, apesar, de suas tendências homossexuais, mantém um relacionamento com a madrasta.