O presidente Michel Temer foi o principal alvo dos manifestantes durante a marcha do Grito dos Excluídos realizadas nesta quinta-feira, 7, em Brasília e em pelo menos dez capitais pelo País. O ato também foi marcado por protesto contra o momento político e contra as reformas trabalhista e da previdência. O lema do ato deste ano foi “Direito e democracia, a luta é todo dia”. Os manifestantes ignoraram as recentes revelações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defenderam a sua candidatura à Presidência.
O Grito dos Excluídos começou em 1996 como uma iniciativa das pastorais ligadas à Igreja Católica e dialoga diretamente com a campanha da fraternidade de cada ano. em Campo Grande, MS, representantes indígenas protestaram contra a mudança no marco temporal das demarcações de terra. Em julho, Temer assinou um parecer mudando a forma como a administração pública lida com a questão das demarcações de terras indígenas em todo o país. No decreto, ficou definido a tese de que só poderão ser demarcadas terras indígenas em que os índios estavam presentes na data de promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.
Em São Paulo, os manifestantes ligados a movimentos sociais atacaram a política o projeto de concessão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Gritos contra o governador Geraldo Alckmin também foram ouvidos. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, houve atos de defesa a presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e ataques ao Governo federal.