Cidades

Terra de coronéis

Por mais que o Brasil viva um sentimento de mudanças, quando a população pede o fim da velha forma de fazer política, em que prevalece o toma-lá-dá-cá, Guarulhos segue nos tempos dos coronéis. Os últimos dias de filiação partidária, cujo prazo se encerrou no último sábado, foram dignos de uma grande fazenda.
 
 
Apertem os cintos
 
Presidentes de alguns partidos sumiram de cena na quinta e sexta-feiras. Tudo para não assinar fichas de desfiliação. O objetivo era dificultar a vida de quem estava de saída. De outro lado, em busca de nomes interessantes, não faltaram agrados àqueles que conseguiram vender a ideia que são bons de votos. E, pelo que consta, alguns venderam muito acima do que realmente valem.
 
 
 
Fazenda Guarulhos
 
Chama a atenção o fato de alguns fazendeiros agirem da mesma forma que em eleições de décadas passadas, como se seus escolhidos ainda detivessem o comando incondicional dos eleitores, no velho estilo “curral eleitoral”. Há quem aposte que o voto de cabresto ainda é a melhor forma de chegar ao poder.
 
 
 
Oposicionistas de araque
 
Findado o prazo de filiações, os partidos partem finalmente para as pré-campanhas. Gente que esteve até aqui dentro da máquina já ensaia discursos oposicionistas, que é o que mais vai ter daqui para frente. Afinal, com exceção do tucano Carlos Roberto, que sempre foi oposição ao PT, difícil achar algum pré-candidato a prefeito que possa dizer que nunca bebeu daquela água.
 
 
 
Registro
 
O deputado estadual Gileno (PSL) enviou nota para informar que também estava presente na visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a Guarulhos na semana passada. Queixou-se de não ser citado entre os pré-candidatos a prefeito presentes ao evento. A coluna esclarece que se referiu apenas aos ausentes que são oposição ao PT.  
 
 
 
Sem saúde
 
Quando a população mais precisa de atendimento, com avanço de doenças como a chykungunya e gripe H1N1, unidades de saúde, como as policlínicas Maria Dirce e Paraíso, além da UPA São João, terceirizadas à Fundação ABC, estão sem médicos desde sexta-feira. Ontem, o HMU não tinha profissionais à tarde. Enquanto isso, o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Carlos Derman, dorme em berço esplêndido, na base do “não é comigo”.
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