Considerada voto de minerva no Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA), pediu para que assessores procurassem na manhã desta terça-feira, 14, a secretaria do colegiado para solicitar que ela use o tempo de líder na sessão da tarde para se explicar aos colegas. Tia Eron não compareceu à sessão da semana passada e há dúvidas se ela vai ajudar a salvar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do pedido de cassação do mandato.
A sessão desta terça do Conselho de Ética está marcada para votar o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) no processo contra Cunha. Como adiantou na segunda-feira o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), Marcos Rogério foi sondado sobre a possibilidade de aceitar o aditamento que pode ser feito pelo PSOL ou pela Rede – partidos que são autores da representação contra Cunha.
O relator é contra essa complementação por considerar que seu relatório já traz provas suficientes que comprovam a quebra do decoro parlamentar.
Há possibilidade desses partidos incluírem no pedido de aditamento a delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, o depoimento da mulher de Cunha, Cláudia Cruz, e o documento do Banco Central informando sobre a multa aplicada a Cunha de R$ 1 milhão por omissão de contas no exterior. O pedido de aditamento pode ser feito até antes do início da votação do parecer.