Cidades

Tô nem aí (sqn)

O Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública) de Guarulhos caminha a passos largos rumo ao vazio completo. Com o fim da obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical, que passa a ser optativa a partir da reforma trabalhista já aprovada no Congresso Nacional, a entidade terá grandes dificuldades de se manter viva, apesar de seu presidente, Pedro Zanotti, ter afirmado há poucos dias, na tribuna da Câmara, que não estava preocupado com esse ponto. 
 
Fim do milhão
Segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho, o Stap embolsou em 2016 nada menos do que R$ 1.057.721,09 somente com o imposto sindical (equivalente à contribuição compulsória de um dia de salário de cada trabalhador), quase o mesmo valor angariado um ano antes. Sem a obrigatoriedade, esse dinheiro que caía na conta do sindicato por inércia tende a desaparecer. Para se manter, a entidade precisará convencer os sindicalizados que contribuir vale a pena. Ao juntar menos de 100 servidores em ato sobre o dissídio da categoria semana passada em frente ao Paço Municipal, fica evidente que a situação deveria ser preocupante. 
 
Sem rescisão
Mais de quatro meses após serem exonerados, um grupo de ex-funcionários comissionados da Prefeitura tenta, a todo custo, chamar a atenção para o fato de não terem recebido ainda possíveis rescisões trabalhistas, que julgam ter direito. Por outro lado, a administração bate na tecla que não pode efetuar tais pagamentos, já que os cargos foram extintos por decisão da Justiça.  “Não há nada a fazer. Esta é a posição oficial do Governo”, declarou o líder na Câmara, vereador Eduardo Carneiro (PSB).  
 
Irritação extrema
Nesta terça-feira, o grupo de ex-comissionados mais uma vez foi para a Câmara Municipal para protestar, exigindo que os vereadores os apoiem. No entanto, munidos com faixas e cartazes “profissionais”, quiseram ganhar no grito, atrapalhando os trabalhos legislativos, impedindo os parlamentares de se pronunciar. Até quem se declara a favor da causa, como o ex-secretário de Sebastião Almeida (hoje PDT), João Dárcio (PTN), se sentiu incomodado com a balbúrdia. Ficou nitidamente irritado, quando o impediram de prosseguir com seu discurso na tribuna. 
 
 
Sem faixas
O vereador Marcelo Seminaldo (PT) deu um puxão de orelhas em seus colegas ao solicitar aos demais parlamentares para que não espalhem faixas de “Feliz Dia das Mães” pelas ruas de Guarulhos. Ele entende – com razão – que se trata de um método ultrapassado, que emporcalha a cidade e que não tem a simpatia da população. Chegou a pedir, inclusive, que todos busquem formas alternativas para fazer suas homenagens, como as redes sociais. 
 
Rumo a Curitiba
Utilizando fotos do ex-presidente Lula (PT), réu em diversos processos da operação Lava Jato, em seu perfil no Facebook, a vereadora Genilda Bernardes (PT) não compareceu à sessão da Câmara, desfalcando bastante a oposição, ao lado de Edmilson Souza. Colegas da legenda justificaram que os dois  estariam em compromissos partidários. Por coincidência ou não, petistas de todo o Brasil estão se organizando em caravanas para ir a Curitiba, acompanhar o depoimento do líder maior ao juiz Sérgio Moro. Estaria a dupla guarulhense na “excursão”? 
 

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