Em 1997, o cinema brasileiro ainda vivia o período que os críticos chamavam de Retomada, após o período de terra arrasada que se seguiu à extinção da Embrafilme no governo Collor. Foi quando Sandra Werneck fez Pequeno Dicionário Amoroso. O ABC do amor. Luiza e Gabriel, Andréa Beltrão e Daniel Dantas. Conhecem-se, engatam uma relação, mas duvidam se dará certo.
De atração até a separação, atravessam todo o vocabulário do amor, inteligentemente recriado pela diretora com seu hábil (cor)roteirista, José Roberto Torero. Ganham força os amigos do casal – Tony Ramos, Glória Pires, José Wilker. O filme é uma graça. Teve uma sequência (em 2015) que talvez não seja tão boa, mas tem seu encanto. Nesta sexta, 12, Dia dos Namorados, o Canal Brasil resgata Pequeno Dicionário 1 e 2. Passam às 18h55 e às 20h30.
Depois, o canal propõe dois filmes de Bruno Barreto. Flores Raras, ou a diversidade do amor, às 23h10. A poeta Elizabeth Bishop e a arquiteta e urbanista Lota Macedo Soares. Miranda Otto e Glória Pires. Na sequência, à 1h05, um amor bandido, Última Parada 174. Depois de Cidade de Deus e de Ônibus 174, o público e a crítica vacilaram. É pena. A história do garoto de rua e sua namoradinha é das melhores coisas feitas pelo diretor.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>
