Estadão

Torcida do Flamengo faz protesto em aeroporto, mas delegação do time evita contato

A delegação do Flamengo foi recebida com protesto no Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira. Horas após perder a final da Copa do Brasil para o São Paulo, o time rubro-negro foi alvo de críticas de um grupo de 50 torcedores no aeroporto do Galeão. Os ônibus com a delegação da equipe "driblaram" o grupo na saída do local.

No lado de fora do aeroporto, os torcedores criticaram a atuação do time na segunda partida da final da Copa do Brasil, que terminou empatada em 1 a 1 – o São Paulo assegurou o título porque vencera o rival por 1 a 0, no jogo de ida, no Maracanã. Também pediram a saída do técnico Jorge Sampaoli.

Os gritos de ordem atacavam a equipe ("time sem vergonha") e tinham por alvo, entre outros, jogadores, como Pedro, Gabriel Barbosa, o Gabigol, Everton Cebolinha e David Luiz. Também atacaram o presidente do clube, Rodolfo Landim e o vice de futebol, Marcos Braz. E decretaram a saída do treinador argentino ("fora Sampaoli" e "ei, Sampaoli, vai tomar no xxx"). Eles chegaram ao local antes das 23 horas.

Diante do clima tenso, a direção do clube estabeleceu um esquema especial para a saída dos dois ônibus da delegação do aeroporto. Eles buscaram uma saída alternativa para não ter qualquer contato com os torcedores.

Horas antes, torcedores já haviam pichado os muros da sede do clube, na Gávea. Entre as mensagens estavam "fora Gabigol", "elenco safado", "vergonha", "fora Braz" e "fora Landim".

Apesar de contar com elenco estrelado, o Flamengo vive sua pior temporada na gestão de Rodolfo Landim. O time fracassou em todas as competições que disputou neste ano, desde o Mundial de Clubes e a Supercopa do Brasil, no início da temporada, até a Recopa Sul-Americana, Copa Libertadores, Campeonato Carioca e Copa do Brasil.

O time rubro-negro ainda disputa o Brasileirão, com chances menores de brigar pelo título. No momento, ocupa a modesta 7ª colocação, com 40 pontos, 11 atrás do líder Botafogo. O Flamengo não encerra um ano sem títulos desde 2019.

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