A desaceleração no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro foi puxada também pelos preços dos transportes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo Transportes avançou 0,41% em janeiro, ante 1,36% em dezembro de 2020. Mesmo assim, teve o segundo maior impacto de alta no mês, adicionando 0,08 ponto porcentual (p.p.) na alta de 0,25% no IPCA agregado.
A passagem aérea foi a principal responsável pela desaceleração do grupo Transportes, com deflação de 19,93% em janeiro – após uma alta de 28,05% em dezembro.
Segundo Pedro Kislanov, gerente do IPCA, o vaivém responde a lógica tradicional da demanda, com maior procura por viagens em dezembro e menor em janeiro.
Outro componente importante do grupo Transportes, os combustíveis aceleraram para uma alta de 2,13% em janeiro, ante um avanço de 1,56% em dezembro de 2020.
A gasolina subiu 2,17% e foi , isoladamente, o item com maior impacto de alta no IPCA de janeiro, adicionando 0,11 p.p. ao índice agregado. Segundo Kislanov foi a oitava alta seguida da gasolina no IPCA.
Já o óleo diesel subiu 2,60%. Os preços dos automóveis novos (1,31%) também subiram, contribuindo com 0,04 p.p. no resultado do mês, segundo maior impacto de alta.
Ainda em Transportes, houve alta de 0,04% no item ônibus urbano, por causa de reajustes em Campo Grande e Vitória. Nos ônibus intermunicipais houve deflação de 0,47%.