O placar com dois votos a menos para o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados é fruto da decisão do PSB de trocar, na última hora, integrantes do colegiado para garantir os quatro votos do partido contra o peemedebista.
O governo, no entanto, atuou para garantir que as demais bancadas mantivessem a mesma configuração de votos da primeira denúncia. No PSD, por exemplo, o deputado delegado Éder Mauro (PA) foi substituído por Edmar Arruda (PR), que votou pelo não prosseguimento do processo.
Com isso, o chamado Centrão – bloco formado pelo PR, PP, PRB, PTB, PSC – manteve a fidelidade a Temer e garantiu quase 100% dos votos para o governo. A exceção ficou com o Solidariedade, que, assim como na primeira denúncia, deu um voto a favor do governo e um contra. No PMDB, a novidade foi o voto favorável a Temer de Osmar Serraglio (PR), que na primeira denúncia não participou da votação pois estava descontente com o governo depois de ter sido demitido do Ministério da Justiça.
Já esperando um placar favorável, os governistas não chegaram a fazer tantas mudanças de titulares do colegiado como ocorreu na votação da primeira denúncia contra Temer.
Votos contrários
As defecções vieram dos partidos que o governo já esperava. O PSDB repetiu o placar majoritário contra Temer. Foram cinco votos a três, contabilizando também o do relator Bonifácio de Andrada (MG), que permaneceu na comissão na vaga que cabia ao PSC.
No DEM, dos quatro deputados, Marcos Rogério (RR) manteve a posição e foi o único a votar a favor do prosseguimento da denúncia. Minoritária, a oposição (PT, PDT, PC do B, Podemos, PPS, PSOL e Rede) votou fechada a favor da investigação contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.