Com o inverno no horizonte, os países da União Europeia falharam novamente nesta quinta-feira, 24, em reconciliar divergências sobre o teto do preço do gás natural, enquanto lutam para proteger efetivamente 450 milhões de cidadãos dos enormes aumentos em suas contas. Uma reunião de emergência dos ministros de energia apenas demonstrou como a crise energética ligada à guerra na Ucrânia dividiu o bloco de 27 nações em campos virtualmente irreconciliáveis.
"A discussão foi bastante acalorada e todos sabem que existem pontos de vista muito divergentes", afirmou o ministro da Indústria checo, Jozek Síkela, que presidiu à reunião em que os ministros discordaram sobre quando e como deve começar um negócio. Um enorme aumento nos preços do gás natural em agosto chocou todos, exceto os mais ricos da Europa, forçando o bloco a tentar limitar os preços voláteis que alimentam a inflação.
No entanto, a UE está em um impasse entre nações que exigem gás mais barato para aliviar as contas da casa – incluindo Grécia, Espanha, Bélgica, França e Polônia – e outras, como Alemanha e Holanda, insistindo que os suprimentos serão ameaçados se um limite impedir países comprem gás acima de um determinado preço.
A incapacidade de chegar a um acordo sobre o preço máximo também interrompeu os planos de compras conjuntas de gás e de um mecanismo de solidariedade para ajudar os países da UE mais necessitados, uma vez que seria alcançado um acordo sobre as medidas em forma de pacote. Outra reunião de emergência foi marcada para 13 de dezembro.
Os preços do gás natural e da eletricidade dispararam porque Moscou cortou o fornecimento de gás para a Europa para aquecimento, geração de energia e processos industriais. Autoridades europeias acusaram a Rússia de travar uma guerra energética para punir os países da UE por apoiarem a Ucrânia. Fonte: