Exatamente um mês depois de se negar a assinar junto com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com a Petrobras para o período de 2020 a 2022, por discordar das mudanças impostas pela estatal, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu assinar o novo acordo com a estatal, sem ter conseguido avançar nas negociações.
A decisão foi tomada em assembleias que terminam nesta quarta-feira, informou a FNP. A entidade reúne cinco sindicatos, contra os 17 da FUP, mas abriga contingentes importantes como Rio de Janeiro e litoral paulista, dedicados principalmente à exploração do pré-sal.
Pelo novo acordo, a empresa se comprometeu a não demitir por justa causa pelo período de dois anos. Em contrapartida, os salários foram mantidos sem reajuste até setembro do ano que vem, quando será corrigido segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
"Vale lembrar que a FNP e seus sindicatos exploraram todas as possibilidades jurídicas e políticas para preservar os direitos da categoria e dos aposentados. Apesar disso, esbarraram nos limites impostos pelo imobilismo da FUP e a intransigência e autoritarismo da Petrobras", afirmou a entidade em nota.
Assim como a FUP, a entidade afirmou que a partir de agora os esforços serão concentrados para evitar a privatização que está sendo feita em fatias da estatal, que colocou a venda oito das suas 13 refinarias e dezenas de campos de petróleo onde não tem mais interesse de continuar explorando, e sair de segmentos que não considera parte da sua vocação, como distribuição de combustíveis, produção de fertilizantes, geração de energia, entre outros.