Estadão

Vai à nova exposição no Museu da Língua Portuguesa? Veja como esticar o passeio

O Museu da Língua Portuguesa, na região da Luz, abre, nesta sexta-feira, 14 de julho, a exposição temporária Essa Nossa Canção. Com curadoria de Carlos Nader, Hermano Vianna e Isa Grinspum Ferraz e consultoria de José Miguel Wisnik, a mostra tem como principal objetivo mostrar de forma sensorial a ligação entre a língua portuguesa e a música produzida no País, de diferentes tempos e gêneros.

Quem cumpre a função de despertar os sentidos dos visitantes é a obra Palavras Cantadas, do produtor musical Alê Siqueira. Nela, é possível entrar em um ambiente à meia luz, com caixas de sons que reproduzem trechos de mais de 50 canções da música brasileira. Juntos, esses trechos produzem um novo significado, travando diálogos entre nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque, Elis Regina, Maria Bethânia, Mano Brown, entre outros.

Na segunda parte da mostra, dez monitores reproduzem gravações inéditas e à capela de nomes como Tom Zé, Gilberto Gil, Xênia de França, Felipe Araújo, Carlinhos Brown e Juçara Marçal.

Para quem estiver com mais tempo disponível para ficar na mostra, uma sala exibe o documentário As Canções (2011), de Eduardo Coutinho. No filme, o cineasta conversa com anônimos que cantam as músicas de que mais gostam e revelam histórias pessoais relacionadas a essas faixas.

Outro documentário, esse, inédito, junta trechos de anônimos cantando diferentes músicas brasileiras em vários pontos do país. A ideia dos diretores Quito Ribeiro e Sérgio Mekler é mostrar como a música está presente na vida dos brasileiros – e nas redes sociais.

Por fim, uma galeria traz reproduções de O corredor final da exposição traz reproduções de folhas originais nas quais os compositores escreveram suas obras. Entre elas, estão Águas de Março, de Tom Jobim, A Raça Humana, de Gilberto Gil, e Moça Namoradeira, de Lia de Itamaracá.

"Não queríamos fazer uma tese sobre a música brasileira, mas sim mostrar a ideia de que a canção é a língua potencializada pela música, que penetra nas pessoas por canais não racionais", explica Carlos Nader, um dos curadores da exposição.

Aberto em 2006, o Museu da Língua Portuguesa faz parte do complexo da Estação da Luz, inaugurada no início do século 20. Em 2015, o museu foi atingido por um incêndio que danificou bastante o prédio. O local foi restaurado e reaberto ao público em 2021.

<b>Essa nossa canção</b>

Museu da Língua Portuguesa

Praça da Luz, s/nº, Luz

De 14 de julho a março 2024

3ª a dom., 9h/16h30 (permanência até às 18h)

R$ 20 (grátis aos sábados e para crianças até 7 anos)

Como chegar
A região da Luz tem questões sérias de segurança, mas a parte da entrada do museu é segura. A melhor opção, além dos carros por aplicativo, é o transporte público, seja de Metrô ou de trem. A Estação da Luz, quase dentro do museu, atende as Linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô, além das linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM.

Ao desembarcar, procure pelo Portão A do Museu da Língua Portuguesa, onde fica a entrada para a exposição.

<b>Estique o passeio</b>

<b>Pinacoteca</b>

Ao lado do Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca tem exposições abertas em seus três espaços. No edifício Pina Luz, tem a mostra Maria Leontina: da forma ao todo, que investiga o modo como a artista se relacionava com os objetos que colecionava. Acumuladora de referências e objetos pelos quais nutria imenso afeto, Leontina via na arte popular, na estatuaria religiosa e nos artefatos indígenas, um manancial de contradições plásticas, de onde surge esse interesse, primordial, em seu trabalho.

Já no edifício Pina Contemporânea, a exposição de Antonio Obá olha para a trajetória do artista que difundiu suas obras em coleções públicas e privadas no Brasil e no exterior. Seu trabalho é constituído por três importantes pilares, que conduzem a narrativa da exposição: a rememoração de acontecimentos históricos, a atribuição de novos significados a esses episódios e o processo educativo.

No Pina Estação está em cartaz a exposição "Pagã," de Regina Parra, projeto experimental desenvolvido para a Pina, onde a artista fala sobre o corpo feminino, seu prazer, liberdade e insubordinação. Em uma espécie de peça teatral dividida em nove cenas, Parra convida o público a percorrer uma travessia de referências em pinturas, performance, escultura, vídeos e neons para acompanhar a saga de Pagã.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Aos sábados, a entrada é gratuita para todas as pessoas, das 10h às 17h e permanência até às 18h. Atualmente, a compra de uma entrada possibilita a visita aos três espaços da Pinacoteca: Luz, Estação e Pina Contemporânea, todos na mesma região.

<b>Sala São Paulo</b>

Na mesma região, a Sala São Paulo apresenta uma programação especial no fim de semana. Até sábado, 15, a Osesp se apresenta no espaço com regência do maestro Thierry Fischer e participação do jovem brasileiro Guido SantAnna. O programa coloca lado a lado composições do brasileiro Mozart Camargo Guarnieri, do finlandês Jean Sibelius e do alemão Felix Mendelssohn-Bartholdy. No sábado, a apresentação acontece às 16h30 com ingressos custando entre R$ 39,60 e R$ 258 (valores de inteira).

Para chegar ao espaço, que fica na Praça Júlio Prestes, 16, usando transporte público, basta ir até a Estação Luz, caminhar até a Plataforma 1 da CPTM (linha Rubi – sentido Jundiaí), acompanhando as sinalizações em direção ao Boulevard que conecta a Estação à Sala São Paulo. Para quem vai de carro, a Sala São Paulo possui estacionamento, com entrada pela R. Mauá, 51.

<b>Onde comer</b>

Brunch Sala São Paulo

Uma vez ali, que tal ir ao brunch que acontece todos os sábados em que há concerto da Osesp (como neste fim de semana). Para o público externo, aqueles que não têm ingresso para o dia, acontece das 12h às 14h. Para o público com ingresso, o horário é estendido até 16h20. A reserva não obrigatória, mas é preferencial e pode ser feita online ou por telefone: (11) 3333-3441.

O local também tem um café que funciona de segunda a sexta (exceto feriados e emendas) das 8h às 16h30. Às quintas e sextas, quando há concerto, das 19h até o intervalo, e nos sábados em que há concerto, das 15h até o fim da apresentação.

<b>Acrópolis</b>

O restaurante se anuncia como o "mais antigo e tradicional restaurante grego de São Paulo", funcionando desde 1959. Ao longo do tempo, o espaço foi acumulando prêmios e destaques, sendo reconhecido pela comunidade grega da cidade. Aberto de domingo a domingo, mesmo em feriados, o restaurante funciona das 07h30 as 18h. Um dos pratos mais famosos do lugar é a entrada Polvo à Vinagrete, cuja porção custa R$ 120.

Saindo da Grécia e indo para Ásia, o Pho.366 é um restaurante vietnamita (que fica pertinho do Acrópolis). É uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais da comida do país, que tem uma riqueza de sabores e temperos. O espaço também é reconhecido pela comunidade vietnamita, que frequenta o local. Um dos destaques é o arroz frito com molho indonésio, que custa R$ 47. Fique atento aos níveis de pimenta, indicado por um desenho ao lado do nome de cada prato.

Como chegar: o Pho.366 Silva Pinto, 366, no Bom Retiro e abre de segunda a sábado, das 11h30 às 15h. às quartas, também abre de 17h às 19h, quintas, 17h30 às 20h, sextas e sábados, de 17h30 às 21h.

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