As taxas futuras de juros fecharam em alta nesta segunda-feira, 15, impulsionadas pela valorização do dólar ante o real. Nem mesmo o desempenho ruim do índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) foi suficiente para fazer os investidores reduzirem os prêmios na estrutura a termo da curva de juros.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para abril de 2015 (114.235 contratos) marcava 12,050%, de 11,999% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016 (100.275 contratos) indicava 12,64%, ante 12,55%. O DI para janeiro de 2017 (119.220 contratos) mostrava 12,69%, de 12,55%. E o DI para janeiro de 2021 (54.990 contratos) tinha taxa de 12,49%, de 12,38%. Nos EUA, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,099%, de 2,083% no fim da tarde de sexta-feira.
O dólar fechou mais uma vez em alta hoje, dando continuidade ao movimento recente de valorização e renovando os maiores patamares desde o início de 2005. No exterior, a crise do petróleo e a expectativa com a reunião do Federal Reserve esta semana impulsionam a divisa norte-americana, enquanto internamente a sequência de notícias econômicas negativas pressiona o real. O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,6870, uma alta de 1,05%. Trata-se do maior nível de fechamento desde 28 de março de 2005.
Já o IBC-Br caiu 0,26% em outubro ante setembro, com ajuste. As estimativas apuradas pelo AE Projeções iam de variação zero a expansão de 0,53%. Em relação a igual mês de 2013, o índice recuou 1,18%, sem ajuste. As previsões, nessa comparação, iam de queda de 0,80% a avanço de 0,25%. O BC também revisou em baixa os resultados de setembro, na margem (0,40% para 0,26%), e agosto (0,20% para 0,14%).
No âmbito da inflação, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de dezembro subiu 0,98%, ante 0,82% em novembro. Com isso, o IGP-10 fechou o ano de 2014 com alta de 3,88%. Na pesquisa Focus, as projeções para a inflação oficial deste e do próximo ano foram mantidas, sendo para o IPCA de 2014 de 6,38% e, de 2015, de 6,50%.