Mercado brasileiro de veículos – automóveis e comerciais leves e pesados – continuará crescendo em 2012, mas a um ritmo menor que em 2011. Essa é a essência das previsões de duas dezenas de altos executivos da indústria e de importadores, durante o recente Congresso Autodata Perspectivas 2012,
A mudança relevante nos números estonteantes dos últimos oito anos, que elevaram o País à posição de quarto mercado mundial (sexto em produção), está na cadência. Será mais difícil, de agora em diante, superar a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como ocorria até este ano. Em 2011, as vendas atingirão 3,7 milhões de unidades, 5% acima de 2010, enquanto PIB deverá subir em torno de 3,5%.
Para
Na realidade, está nas mãos do governo a calibragem fina da demanda. Embora todos concordassem que a taxa de juros continuará a cair, o nível do crédito está sob controle para evitar desequilíbrios. Prazos de financiamento menores aumentaram as prestações na média em 20%. Por essa razão, quem ganha RS 2.000,00 deixa de atingir a renda mínima e acaba, quando muito, apenas trocando seu atual carrinho por outro menos usado, adiando o salto para o novo.
A consultora Letícia Costa sinalizou um ponto muito positivo: “Pela primeira vez vejo a economia brasileira, mesmo crescendo menos, mais previsível do que a global”. Porém, colocou suas preocupações sobre a inflação.
Quem acha que o IPI majorado para modelos importados de países sem parceria com o Brasil diminuirá a concorrência interna, engana-se. Estoques estão altos e as margens serão apertadas em 2012 e nos próximos anos. As quatro principais marcas continuarão encolhendo participação, embora ampliando investimentos porque a procura crescente compensa parte do que foi perdido. A PSA Peugeot Citroën, por exemplo, anuncia essa semana que dobrará sua capacidade produtiva
Entre outras perspectivas positivas apontadas no congresso, destacam-se pelo menos duas. Em 2020, o Brasil poderá ser a quinta economia mundial, ultrapassando a Alemanha, mas batido pela Índia. Em curto prazo, a chinesa Chery pretende antecipar em seis meses, para o primeiro semestre de 2013, o início da produção em Jacareí (SP).
Ótimo que isso aconteça. Diferentes empresas, de várias origens, produzindo sob as mesmas condições econômicas, enfrentando as agruras do Custo Brasil, além da severa e complicada carga tributária. Também sem o conforto artificial da taxa de câmbio que faz dos brasileiros os reis, comprando no exterior, e plebeus em seu mercado interno.
É assim que deve ser e que vençam os melhores. Hora de parar de chorar, arregaçar as mangas e trabalhar.
RODA VIVA
MÉXICO reserva surpresas. Chevrolet produz lá o Aveo de geração anterior e importa o Sonic (novo Aveo) da Coreia do Sul. Decidiu fabricar, no próximo ano, versão simplificada do Sonic, já feito nos EUA, com motor menos potente e materiais mais baratos. Preço bom internamente e Brasil e Argentina poderão importá-lo sem imposto.
CORRENDO para aproveitar o apetitoso mercado brasileiro, Rolls-Royce abriu escritório no Brasil e nomeou como concessionário a Via Itália (também Ferrari, Lamborghini e Maserati). Loja,
ALÉM de completo e requintes como direção de assistência elétrica, subcompacto Kia Picanto (volta, por ora, aos R$ 35.000) tem estilo bem agradável. Atrás, largura limitada: conforto só para dois ocupantes. Ponto alto é o motor 3-cilindros, 1 litro/80 cv (etanol). Nível de vibração incomoda um pouco, em relação a um 4-cilindros, porém o timbre do escapamento, perfeito.
PODE parecer milagre, mas não é. Na VIII Maratona Universitária da Eficiência Energética, no kartódromo de Interlagos, o vencedor dessa vez usou um motor a etanol. Equipe Etanóis, do Oeste do Paraná, marcou 736,395 km/l, novo recorde. Derrotou em economia de combustível a Equipe Ecoville, de Joinville. Com gasolina alcançou apenas 594,394 km/l.
DIA da Engenharia Alemã, na sede da Câmara Brasil Alemanha,
____________________________________________________