As vendas de materiais de construção no país caíram 16,8% em setembro, na comparação com igual mês do ano passado, e 2,3% sobre agosto último. No acumulado desde janeiro, há uma retração de 11,4% e, nos últimos 12 meses, recuo de 10,2%.
Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e indicam uma redução dos negócios em relação ao mês passado, quando foi registrado um crescimento de 4,11%.
“As vendas nos mercados imobiliário e de infraestrutura apresentaram quedas mais acentuadas, em decorrência das incertezas com a economia, que posterga a realização dos empreendimentos”, afirmou, por meio de nota, o presidente da Abramat,Walter Cover.
Segundo ele, além de um baixo desempenho em obras de casas populares vinculadas ao Projeto Minha Casa, Minha Vida , diminuiu principalmente a demanda nas lojas da rede varejista.
“O mercado do varejo, que nos últimos anos vinha crescendo a taxas bastante altas, também vem sofrendo por causa do aumento do desemprego, da renda e de restrições ao crédito”.
De acordo com Walter Cover , o país precisa concluir rápido os ajustes na economia para retomada do crescimento.
Embora reconheça que o dólar valorizado favorece o setor por meio da substituição de itens importados, o dirigente empresarial afirmou que faltam definições sobre a política cambial, de modo que se possa projetar os reais benefícios dessa mudança.