Cidades

Vigilância aponta infecção em relatório sobre Hospital da criança

Secretário de Saúde Carlos Derman reafirma que não houve casos de infecção na UTI

Das 12 crianças mortas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal da Criança (HMC) em dois meses, 10 estão diretamente relacionadas a problemas estruturais no local. A conclusão consta no relatório do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, que o HOJE teve acesso. O documento é de 31 de maio, dia em que a UTI foi interditada.

Em entrevistas recentes, o secretário municipal de Saúde, Carlos Derman (PT), tem insistido que não houve casos de infecção na UTI. O local entrou em reforma no último sábado e deve voltar a funcionar na próxima semana.

Segundo o relatório da CVS, a análise dos documentos da UTI revelam que "constatou-se altas taxas de infecção primária de corrente sanguínea associadas a cateter central e comprovação laboratorial das hemoculturas (6 casos no mês de abril) e 4 casos de pneumonias associadas a ventilação mecânica todos culminando em óbito".

CÂMARA – O presidente da Câmara Municipal, vereador Eduardo Soltur (PV), arquivou o pedido de impeachment do prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), por conta dos óbitos no HMC. A acusação partiu do empresário Néfi Tales Filho, que é filho do ex-prefeito Néfi Tales. Em 1998, o ex-prefeito foi acusado por vereadores do PT de ter sido responsável por surto de mortes de crianças no mesmo hospital.

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