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Williams acerta com Sirotkin para a vaga de Massa e Kubica será piloto reserva

Após meses de suspense e especulações, a Williams confirmou nesta terça-feira a contratação do piloto Sergey Sirotkin para substituir o brasileiro Felipe Massa a partir da temporada 2018 na Fórmula 1. O jovem russo ganhou a disputa direta com o experiente polonês Robert Kubica, que terá que se contentar com a função de piloto reserva do time britânico.

Sirotkin, de 22 anos, fará dupla com o canadense Lance Stroll, de apenas 19 anos. Será a dupla de menor experiência no grid da F-1, que agora têm definidas as parcerias de todas as equipes para a nova temporada.

O piloto russo desbancou Kubica com a força do aporte financeiro dos seus patrocinadores. Sirotkin faz parte do programa da SMP Racing, que é bancada SGM Group, uma das maiores companhias de energia da Rússia. E tem o bilionário Boris Rotenberg, aliado do presidente Vladimir Putin, como um dos seus proprietários.

Em novembro do ano passado, rumores apontavam Kubica como franco favorito a ficar com a vaga de Massa. O polonês teria assinado até um pré-contrato com a Williams. Mas o polonês perdeu força nesta disputa particular após participar dos últimos testes do ano, comandados pela Pirelli, em Abu Dabi.

Segundo comunicado divulgado pela Williams, o russo “impressionou a equipe com sua performance no teste”, ao pilotar o modelo FW40 pela primeira vez. Sirotkin tem menor experiência que Kubica no automobilismo e na F-1, mas tem maior intimidade com os atuais carros da categoria.

Antes de virar titular da equipe britânica, o russo foi piloto de testes da Sauber em 2014. Na Renault, exerceu a mesma função nos últimos dois anos. Em 2015, ele fez sua estreia na GP2, terminando o campeonato na terceira colocação geral e repetiu o desempenho na temporada seguinte, já atuando ao mesmo tempo como reserva da Renault.

No ano passado, ele ganhou oportunidades para testar o carro do time francês em treinos livres de algumas etapas do campeonato. Também participou dos testes no Bahrein e em Abu Dabi, no fim do ano. “Precisei fazer um esforço imenso para chegar aqui e estou muito feliz e agradecido a todo mundo. O resultado do nosso esforço combinado me ajudou a alcançar o meu sonho”, comemorou o russo.

Kubica, por sua vez, participou de testes particulares com a Williams, que estava preocupado com a condição física do piloto. O polonês de 33 anos fará seu retorno à F-1 depois de ter sofrido um grave acidente em uma prova de rali em fevereiro de 2011, quando chegou a correr risco de morte, tendo em vista a gravidade dos ferimentos após a batida.

Vencedor do GP do Canadá de 2008 na F-1, o polonês competiu no Mundial de Rali durante este período em que se ausentou da categoria máxima do automobilismo, mas em 2017 retomou a sua ligação com a elite deste esporte ao totalizar mais de 1.300 quilômetros em testes pela equipe Renault e pela própria Williams.

“Depois de um extenso processo de avaliação, estou empolgada por estarmos anunciando nossa dupla de pilotos para 2018. Precisamos de tempo para avaliar cada opção e estou confiante de que Lance e Sergey podem entregar os melhores resultados para o time”, afirmou Claire Williams, segunda no comando da Williams.

Chefe do departamento técnico do time britânico, Paddy Lowe fez questão de destacar que a opção por Sirotkin foi apenas técnica. “Conduzimos rigorosos testes numa exaustivo processo de escolha. E Sergey impressionou o time com seu ritmo de pilotagem e talento, conhecimento técnico e trabalho ético, tanto na fábrica quanto na pista, em Abu Dabi”, declarou.

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