Após dois dias de intensos tiroteios no complexo de favelas do Lins, na zona norte do Rio, cerca de 200 policiais militares fizeram nesta quarta-feira uma operação no local para tentar prender criminosos. Duas pessoas foram detidas acusadas de envolvimento com o tráfico, drogas e armas foram apreendidas e pelo menos 2.150 alunos da rede municipal ficaram sem aulas.
Além de agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local e do Camarista Méier, participaram da ação policiais dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque, de Ações com Cães (BAC), do Méier (3º BPM) e uma aeronave do Grupamento Aeromarítimo (GAM).
Na segunda-feira, um policial da UPP Camarista Méier, a 2 quilômetros do Lins, foi baleado na cabeça. O soldado Elias Camilo permanece internado em estado grave na UTI do Hospital Naval Marcílio Dias. A operação de hoje também teve como objetivo localizar responsáveis pelo ataque ao PM, mas os dois presos a princípio não têm envolvimento no caso.
Ontem, cerca de 1.700 estudantes de seis escolas ficaram sem aulas e o comércio não abriu. Em outra favela próxima, após confronto, traficantes do Comando Vermelho atiraram contra uma viatura da PM que passava pela Rua Barão do Bom Retiro, uma das principais vias da região. Devido aos confrontos, motoristas de ônibus têm evitado passar pela região.