Nesta semana em que se exalta o meio ambiente, o assunto – como é comum – ganha um espaço a mais em todo tipo de mídia. Exaltam-se ações de preservação, elogiam-se atitudes sustentáveis que visam o bem comum, independente de suas origens públicas ou privadas. Na verdade, depois que o ser humano patrocinou todo tipo de destruição, vivemos um momento em que a consciência parece pesada. Qualquer catástrofe natural – e são tantas nos últimos tempos-, cogita-se até uma resposta da natureza à interferência do homem.
Na verdade, séculos de devastação deixam preços que muitas vezes se tornam impagáveis. O espírito preservacionista que se expande por todos os cantos, passando por diferentes classes sociais, tornou-se até lugar comum. Nada se faz mais sem se levar em conta a tal da sustentabilidade. Ótimo que seja assim. Porém, muito mais que um modismo passageiro, esse espírito precisa fazer parte da vida das pessoas em sua essência. Desde o início da vida, deve-se difundir o preservacionismo até como uma questão de sobrevivência.
Para tanto, não se torna necessário sair por aí plantando árvores – isso também é importante – ou fazendo passeatas em defesa do mico-leão dourado ou da arara azul. Há atitudes muito mais simples que devem ser destacadas dentro dos lares, a partir da educação de pai para filho, do professor para o aluno, do colega para o colega. Preservar a natureza passa por não jogar o papel de bala no chão. Passa por não despejar entulho na rua. Passa por não atirar pela janela do carro a latinha de refrigerante ou a garrafa de água.
Muita gente critica o Novo Código Florestal, exigindo uma postura ética e digna dos nobres parlamentares e do governo federal, sem se dignar com o mínimo. Discute-se a distância possível para desmatamento nas margens dos cursos dágua, mas esquecem de limpar o quintal da própria casa, dão as costas para a coleta seletiva, entre outras ações simles que poderiam ajudar em muito a preservação de nossos recursos naturais.
Talvez, o poderia utilizar essa Semana do Meio Ambiente para refletir um pouco sobre como pode contribuir para a preservação – de verdade – do Planeta. Nada de ficar buscando culpados ou desculpas por aquilo que poderia fazer mas não faz. É tempo de ações. E as ações começam com atitudes simples.