Opinião

Um debate para iniciar de vez a campanha eleitoral

O debate promovido pela Band neste sábado deve se caracterizar pelo primeiro grande evento em relação às eleições municipais para prefeito, que acontecem no próximo dia 7 de outubro, daqui a menos de dois meses. Tudo bem que o horário não é dos mais apropriados, já que a audiência nas televisões brasileiras geralmente é baixo neste período em que muitas famílias aproveitam para ir às compras, para viajar ou mesmo passear. Junte-se a isso que terá a concorrência direta das partidas finais das Olimpíadas de Londres, onde – por exemplo – o Brasil enfrenta o México na tentativa do inédito ouro no futebol masculino.


 


Entretanto, os seis candidatos a prefeito que devem estar diante das câmeras entre às 10h e meio dia terão a grande oportunidade de mostrar aos eleitores o que pretendem fazer, se eleitos, à frente da grande metrópole que é Guarulhos. Trata-se de um precioso espaço em rede de televisão aberta, que deve servir – acima de tudo – para a exposição de propostas. Óbvio que as administrações passadas poderão ser passadas a limpo, já que o atual prefeito Sebastião Almeida (PT) é candidato à reeleição. Isso faz parte do jogo democrático.


 


Neste sentido, o programa poderá servir para a exposição de possíveis feridas deixadas na cidade, na exploração natural de erros ou falhas que, porventuram, ocorreram. Afinal, se tudo estivesse às mil maravilhas, não haveria seis postulantes de olho no cargo de prefeito. Assim, apesar da ausência do candidato do PSTU, Joel Paradella, que pelas regras da Band, não terá lugar na bancada pelo fato de seu partido não contar com representação no Congresso Nacional, os outros cinco prefeituráveis irão procurar demonstrar que são opções melhores que a continuidade proporcionada pelo atual dono da cadeira de prefeito.


 


Será ainda a oportunidade para avaliar se o tal pacto da Oposição, firmado por Carlos Roberto (PSDB), Jovino Cândido (PV), Alan Neto (DEM) e Wagner Freitas (PP), ainda na fase de definição das candidaturas, irá vingar de fato. Em 2008, a disputa foi na base do “cada um por si” em busca de um lugar no segundo turno contra o então deputado Almeida. Desta vez, o acordo prevê a não agressão entre eles como forma de garantir fôlego em um novo turno final contra o petista. Assim, o debate da Band servirá para mostrar quem vai ou não honrar a palavra empenhada.

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