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Incompetência do governo lula explode na bomba

A explosão nos preços do etanol, nosso velho álcool hidratado, que colocou o país como expoente mundial na busca de novas fontes de energia “verdes”, revela como o governo do ex-presidente Lula dava de ombros para importantes questões. Sem se importar com o aumento da frota de veículos bicombustíveis, não fez nada para que os setores produtivos ampliassem o plantio de cana nem tampouco sobre a migração dos usineiros para o fornecimento da matéria prima para a produção de açúcar, cujo valor no mercado internacional era muito mais atraente.


 


Coincidentemente, tudo isso ocorreu a partir do momento em que o Brasil descobriu as reservas de pré-sal e passou a acreditar que o país pode se tornar o maior fornecedor de petróleo do mundo. Apesar dos discursos de preservação do Planeta, deixa-se de lado investimentos importantes e necessários nos combustíveis verdes.


 


Os dados da ANP mostram que o álcool deixou de ser vantajoso. Na média nacional, o litro do etanol já custa 81,9% do preço da gasolina (R$ 2,194, contra R$ 2,677 na última semana). Como rende menos, o álcool tem que custar no máximo 70% do preço da gasolina para ser competitivo. Há postos em que essa relação chega a 92,9%.


 


Nestes momentos, percebe-se quem governa para um país e quem administra para o próprio partido. E que ninguém culpe os plantadores de cana por tanta insensatez. Em uma economia de mercado, é natural que o produtor busque entregar sua colheita a quem pague mais. Vale mesmo para o usineiro. Por que vai investir na produção de álcool se o mercado consumidor paga mais pelo açúcar?


 


O Estado tinha a obrigação de incentivar a produção de cana voltada à produção de combustíveis, com a concessão – quando necessário – de incentivos tanto aos agricultores como às usinas. Tudo de forma transparente, numa relação que tivesse como objetivo fundamental o abastecimento do mercado interno.


 


Agora, o governo irá correr atrás do prejuízo para limpar o estrago já feito. Até conseguir fazer a lição de casa, o consumidor terá que utilizar gasolina, gastar mais dinheiro e esquecer as diminuições de emissões de CO2.


 


Pode até parecer piada. Mas é verdade. Para suprir a ausência do etanol, o Brasil vai importar etanol dos Estados Unidos, o maior produtor do mundo. E sabe por que? Simples. Lá existe planejamento e seriedade por parte do governo e dos setores produtivos. 


 


Carlos Roberto de Campos – Empresário e presidente do Diretório Municipal do PSDB


 

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