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Para a trabalhadora e para a família

Por mais avanços que a sociedade conquistou, nas últimas décadas, ainda restam muitas diferenças entre homens e mulheres. O movimento sindical atua contra essas desigualdades e combate a discriminação. E é certo que faça assim.


Nós, no Sindicato dos Metalúrgicos e na Força Sindical, sem desconsiderar a injustiça que toda discriminação provoca, preferimos agir de forma pragmática. Em vez de ficar só discutindo o problema, buscamos resolver o problema.


Por isso, um dos focos da nossa atuação é a melhoria para a trabalhadora metalúrgica. Nos últimos anos, temos obtido avanços via negociação coletiva. E um dos avanços efetivos é na licença-maternidade.


Como se sabe, a partir da Constituição de 1988, a licença-maternidade passou para 120 dias. Mas a meta do sindicalismo é licença de seis meses. Aliás, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é para que a criança seja amamentada seis meses, pelo menos.


Acordos – Em 2010, firmamos os primeiros acordos por grupo patronal, obtendo mais 60 dias de licença à mulher.


Felizmente, nas negociações deste ano, avançamos. Agora, o benefício abrange as trabalhadoras do Sindimaq e do Sinaees, do Sindipeças e da Fundição. Esses grupos cobrem mais de 80% da nossa categoria. Ou seja, agora a maioria das nossas trabalhadoras pode desfrutar de uma licença-maternidade maior.


Adotantes – O Sindicato também se preocupa com  a condição da família que adota uma criança. Por isso, em dois grupos empresariais, já negociamos licença-maternidade para a metalúrgica adotante. No grupo Sindipeças, a licença para mãe que adota criança é de seis meses. Já no grupo Fundição, essa licença é de quatro meses.


Esse tipo de conquista, que no sindicalismo chamamos de cláusula social, tem impacto positivo direto na vida da família. E o que beneficia a família tem efeito coletivo, ou seja, é bom para o conjunto da sociedade.


Proteção – Em várias viagens que fiz a países do chamado Primeiro Mundo constatei que a proteção à maternidade é uma regra sagrada, levada a sério pelos cidadãos, pelo Estado e por toda a sociedade. Penso que aqui no Brasil precisamos também dar a devida importância a essa questão, se de fato queremos construir uma Nação desenvolvida, evoluída e verdadeiramente de Primeiro Mundo.


 


José Pereira dos Santos


Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região


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