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Os ventos que sopram nas ruas

Sopravam em uma cidade rica, populosa, localizada em uma região promissora e com tudo para se desenvolver e garantir aos seus moradores uma ótima qualidade de vida.


Cortada por rios, riachos e córregos de água limpa, abrigava ao norte de seus limites geográficos, represas de água potável e uma floresta natural que garantia o equilíbrio ambiental tão desejado pelos seus habitantes.


O comércio, indústria e os serviços geravam empregos, renda e superavam em números outras cidades importantes.


Todos a conheciam, muitos se beneficiavam de suas qualidades e riquezas, planejavam seus investimentos, sonhavam com mais progresso e desenvolvimento.


Infelizmente, as mazelas também a acompanhavam. A falta de infra-estrutura provocada pelo rápido crescimento, aliada a ausência de lideranças capazes de influenciar positivamente seus governantes na solução das graves e complexas questões urbanas, não permitia que seu povo atingisse a plena satisfação de viver ali.


Cansados de ver tantas promessas não serem cumpridas pelos seus governantes, o povo deixou de acreditar neles e, na virada do século, apostaram no discurso da mudança como remédio necessário para melhorar a vida naquela cidade e, enfim pudessem atender aos anseios do povo.


Mais de uma década se passou e os ventos da mudança parecem querer voltar a soprar.


A falta de um plano de futuro definido, o modo de governar a reboque de decisões judiciais, a repetição dos discursos e das promessas já feitas, a continuidade dos antigos problemas de infra-estrutura e da máquina pública, entre várias outras questões, leva a uma reflexão: Como podemos avançar mais rápido: mantendo o que temos hoje, ou apostando e mudando de novo?


 


Wilson Lourenço 


Vice-Presidente da RA-3 da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)

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