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Novos rumos do varejo mundial

Pela quarta vez consecutiva viemos a mais uma missão internacional: trouxemos um grupo de mais de 150 empresários paulistas à 104ª edição da Retail’s Big Show, a maior mostra mundial de varejo, promovida pela National Retail Federation (NRF), que está acontecendo em Nova York nesta semana.
 
 
 
Novamente, os visitantes conheceram boas ideias e voltarão, na bagagem, com o que há de mais moderno e inovador sobre as tendências e soluções das boas práticas varejistas em nível global como competitividade, diferenciais de mercado e soluções práticas.
 
 
 
O ano de 2014 ficou marcado pela forte desaceleração da economia brasileira. Inflação elevada e piora na confiança dos empresários e consumidores limitaram o crescimento econômico, afetando os pequenos negócios. Como 2015 ainda será um ano difícil, cautela e planejamento são fundamentais para a retomada da confiança empresarial.
 
 
 
Mas as incertezas também podem ser vistas pela perspectiva positiva do copo meio cheio: mais do que nunca, é preciso buscar soluções e se manter competitivo, melhorar as relações comerciais, readequar custos e, por que não, aumentar ganhos?
 
 
 
Esta tem sido a principal abordagem da NRF 2015: em um ano que vai exigir dos varejistas planejamento mais detalhado para superar a crise, sairá em vantagem quem aliar conceitos de austeridade e criatividade.
 
 
 
O Omni-Channel, que pode ser entendido como o cliente multicanal que quer ser atendido de diversas formas, esteve presente na maioria dos discursos dos especialistas. O que antes era uma tendência agora se tornou realidade, desafiando os varejistas a aproximar o mundo virtual e real, ampliando a experiência de compra para conquistar o cliente. Por isso a importância em tornar as lojas físicas mais atrativas e alinhar todos os canais de relacionamento com o cliente. Ele deve ter o mesmo padrão de atendimento em todos os canais.
 
 
 
Cada vez mais as lojas serão áreas de socialização e experiências prazerosas. Nem sempre isso resultará na compra, mas será ponto de partida para o engajamento com a marca. Conhecemos vários modelos de interação com o cliente: os dispositivos touchscreen para criar ou selecionar produtos; e tecnologias de reconhecimento facial para identificar a presença do cliente na loja e iniciar uma interação, entre outras.
 
 
 
Os novos softwares de captação e análise de dados de consumo dos clientes ficaram mais analíticos e com foco em resultados na empresa. As novas soluções auxiliam o empreendedor desde um simples reposicionamento de produto na gôndola até a mudança de estratégia de marketing ou precificação. Tudo para tornar o negócio cada vez mais rentável.
 
 
 
O que vimos aqui em Nova York nesta semana é que os empreendedores precisam estar cientes da importância de reunir conhecimento e ferramentas para preparar sua empresa para os novos tempos e desafios de 2015.
 
 
 
Ivan Hussni é diretor técnico do Sebrae-SP

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