Pois é verdade. Países de primeiro mundo já dominam a técnica que ainda não chegou ao Brasil. A técnica possibilita que os estacionamentos sejam utilizados para reduzir a vazão de enchentes nas galerias de águas pluviais, além de proporcionar a infiltração parcial ou total do solo.
São duas as técnicas utilizadas: superficial e sub-superficial.
O armazenamento superficial podem ser utilizados em áreas comerciais, industriais ou em áreas já construídas, não havendo a necessidade de aumentar os diâmetros das galerias existentes.
Na prática existem poucas cidades que usam o estacionamento de veículos para o armazenamento de águas pluviais superficialmente.
Para implementação da técnica, o estacionamento precisar ter declividade maior que 0,5% e menor que 5%, e para o armazenamento uma profundidade máxima de 20 cm, para um tempo máximo de trinta minutos.
O inconveniente do armazenamento superficial é o fato do estacionamento ficar uma hora inundado, o que gera a reclamação dos usuários.
Já o armazenamento sub-superficial as águas pluviais captadas passam por uma caixa onde há deposição de sólidos e capta os óleos e graxas existentes. Logo em seguida, a água é encaminhada para um reservatório de pedras britadas ou dispositivo manufaturados de plásticos para ser conduzida a uma galeria de águas pluviais mais próxima.
A grande vantagem desta técnica é que pode haver asfalto por cima e por baixo e as águas pluviais ficarão armazenadas por um determinado tempo, diminuindo os picos de vazão de enchentes. O problema é que o custo a ser aplicado, bem maior às áreas de estacionamentos existentes.
*Plínio Tomaz, 66, é engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP, ex-superintendente e diretor do SAAE, e ex-funcionário do Ministério das Minas e Energia. Atualmente, é conselheiro do CREA-SP, diretor de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da ACE-