Economia

Correção: Taxas futuras caem após pesquisa eleitoral

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. O dólar cedeu 0,27%, aos R$ 2,2580, e não como constava. Segue novamente o texto, corrigido.

Os números mais recentes do Datafolha mostraram o que boa parte do mercado financeiro desconfiava: com Marina Silva (PSB) na disputa, a possibilidade de segundo turno na corrida presidencial é maior. A pesquisa, divulgada hoje, trouxe um viés de baixa para as taxas dos contratos futuros de juros.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2015 (28.895 contratos) estava em 10,81%, na mínima, ante 10,82% do ajuste de sexta-feira. Já a taxa do DI para janeiro de 2016 (221.705 contratos) marcava 11,25%, ante 11,32%. O contrato para janeiro de 2017 (258.440 contratos) tinha taxa de 11,37%, na mínima, ante 11,45% no ajuste. O DI para janeiro de 2021 (77.960 contratos) tinha taxa de 11,52%, ante 11,63%.

O viés de baixa para os juros futuros foi visto desde o início da sessão, após o Datafolha informar que a provável candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, teria chances de vencer a presidente Dilma Roussef em um eventual segundo turno na disputa presidencial. O levantamento apontou que Marina largaria na disputa com 21% das intenções de voto, ante 20% do candidato do PSDB, Aécio Neves, enquanto Dilma lidera com 36%. Já num segundo turno, a ex-senadora venceria Dilma, já que tem 47% das intenções, contra 43% da presidente. No geral, agradou o fato de que, com Marina, as chances de segundo turno são maiores.

O movimento dos juros no Brasil ocorreu a despeito de, em Nova York, os yields dos Treasuries avançarem, em um ambiente de menores tensões geopolíticas. Às 16h15 (horário de brasília), a taxa do T-note de 10 anos estava em 2,386%, ante 2,344% da sexta-feira, enquanto o T-bond de 30 anos subia a 3,196%, ante 3,134%.

No Brasil, o relatório Focus do Banco Central mostrou que o mercado espera um Produto Interno Bruto (PIB) menor em 2014. A projeção mediana passou de +0,81% para +0,79%. Para 2015, seguiu em +1,20%. Já a previsão para a Selic em 2014 permaneceu em 11,00% e, em 2015, foi de 12,00% para 11,75%.

O dólar também contribuía para o recuo dos juros futuros no Brasil, embora a moeda americana tenha oscilado em margens estreitas durante todo o dia. No fim, o dólar no balcão cedeu 0,27%, para R$ 2,2580. No mercado futuro, o dólar para setembro caía 0,04%, aos R$ 2,2680.

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