Economia

Mantega confirma anúncio de medidas à indústria hoje

Em conversa informal com jornalistas após participar do Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, preferiu não conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira, 15. “É melhor falar à tarde. Vamos à CNI e anunciaremos algumas medidas”, comentou.

Mantega fez mais cedo uma ampla defesa da política econômica do governo durante o 11º Fórum da FGV. Ele falou após o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do empresário Benjamin Steinbruch ter voltado a carga de suas criticas à política econômica.

Mantega reconheceu que os ajustes macroeconômicos se fazem necessários. “Ajustes se fazem necessários sempre, ainda mais quando a economia se defronta com uma grande crise mundial, uma grande recessão, como dizem os ingleses”, disse o ministro. Ele ponderou que, em função da crise, ocorreram várias mudanças macroeconômicas em várias economias do mundo, como o programa de relaxamento quantitativo nos Estados Unidos (QE) e também nas taxas de juros.

“Agora, na saída da crise, novos ajustes se fazem necessários, quando o Fed faz o caminho inverso, deixa de ser expansionista e faz ajustes nas taxas de juros e câmbio”, disse. Para ele, todos os países têm de fazer ajustes para se defrontar com estas mudanças. “Quero destacar que cada ajuste que cada país depende da estratégia que cada país. Não se faz os mesmos ajustes”.

Inflação

O ministro disse que “nunca brincamos com a inflação” ao justificar a alta da Selic. Ele fez esta afirmação na esteira a defesa dos ajustes que a equipe econômica já vem fazendo na economia diante das necessidade impostas pela crise econômica mundial.

“A Selic subiu por causa da inflação. A Selic chegou a 12,5%”, disse. Ele disse ainda que o governo teve que fazer ajustes de superávit primário e no câmbio, além dos juros em função do crescimento da economia, de 7,5% em 2010. Segundo ele, no início de 2011 o governo achou que a crise mundial estava sendo superada.

“Houve um alívio e no início de 2011 pensamos que estávamos na superação da crise mundial. Crescemos 7,5%, tivemos pressão de commodities, de inflação. Então fizemos um ajuste fiscal, demos estímulos à economia. Em 2011 começamos colocando um o primário em 3%”, disse o ministro.

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