Economia

Demanda por voo doméstico em 2013 é a maior em 10 anos

Apesar do prejuízo de R$ 2,4 bilhões das companhias aéreas brasileiras em 2013, o Brasil encerrou o ano passado com a maior demanda por voos domésticos dos últimos dez anos. De acordo com o anuário do transporte aéreo divulgado nesta quarta-feira, 15, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a demanda doméstica cresceu 13% ao ano nos últimos dez anos e dobrou desde 2004. Em 2013, 90 milhões de passagens foram vendidas para voos dentro do País.

Considerando também os voos internacionais, o número de passageiros transportados que pagaram pelas passagens chegou a 109,2 milhões, um recorde para o setor. Computando ainda os passageiros que voaram gratuitamente, o movimento do setor chegou a 111 milhões de pessoas transportadas. De acordo com a Anac, a demanda internacional cresceu 8,4% ao ano desde 2004, também dobrando no período.

O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, destacou que, em 2004, apenas 23 de cada 100 brasileiros eram passageiros de avião, uma proporção que chegou a 55% em 2013. “Nos últimos três anos, as empresas sofreram com os preços do combustível, mas em 2014 os resultados já apontam para uma recuperação”, comentou.

No ano passado, a tarifa média doméstica foi de R$ 326,72, e mais da metade das passagens vendidas custaram menos de R$ 300. Em dez anos, o preço médio dos bilhetes caiu 48% no País. “Os números são expressivos e mostram uma mudança de patamar e um crescimento responsável do setor do ponto de vista social, dando oportunidade para mais pessoas viajarem. E cada vez mais o modal aéreo também ocupa espaço no transporte de cargas”, completou o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco.

Em 2013, foram transportadas 408,6 mil toneladas no mercado aéreo doméstico, um incremento de 3,8% em relação a 2012 e de 50% ante 2004. No mercado internacional de cargas, o volume transportado foi de 777,6 toneladas no ano passado, representando uma alta de 7,2% ante o ano anterior e de 69% em uma década. “Em volume não representa muito no mercado brasileiro, mas em valor já representa quase 11% desse comércio”, concluiu o ministro.

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