Segundo município do país com o maior número de candidatos – 1.128 – ficando atrás apenas da capital carioca que contabiliza 1.713 nomes, na relação com o número de eleitores, Guarulhos chega a surpreendente marca de um candidato para cada grupo de 731 votantes.
Com isso, a eleição se concentrará nas coligações. Isso porque serão eleitos os candidatos mais votados no partido ou na coligação, desde que suas siglas tenham conseguido atingir o quociente eleitoral partidário. O número ainda não foi definido, pois depende da quantidade de votos válidos registrada durante o pleito.
Para descobrir o quociente, a Justiça Eleitoral divide o número pelo de lugares a preencher no Legislativo local. Com o valor em mãos, as coligações calculam o número de vagas conquistadas, dividindo o total de votos obtidos pelo quociente.
No entanto, o postulante que pertence a uma coligação com muitos partidos, por exemplo, terá mais chances de conquistar uma das cadeiras do que o candidato de uma só legenda. “Geralmente partidos que se coligam são aqueles que individualmente não teriam chances de disputar eleições sozinhos. Juntos eles têm força para fazerem ao menos uma cadeira e potencializar as chances daquele grupo partidário”, explica Marlon Lélis, coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral Estadual São Paulo (MCCE-SP).
No total quatro coligações são responsáveis pelo maior número de candidatos em Guarulhos: PHS/PRP com 68 candidatos; seguidos por PT/PPL com 67; PTN;PRB com 65; e PT do B/PRTB com 61 nomes.
“Além dos candidatos que fazem parte das siglas coligadas, os atuais vereadores também têm vantagens por conta da infraestrutura e da exposição na mídia. Já aqueles que não se prepararam para a campanha correm o risco de passar como figuração”, afirmou Lélis que ressaltou que este excesso de candidatos na prática poderá fazer com que a maioria dos candidatos termine com votação zerada ou totalmente inexpressiva.
