Com um orçamento total de R$ 162 milhões para o ano de 2016, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SSP) tem pouca margem de investimento. Isso porque, cerca de 80% dos recursos são destinados ao pagamento de uma única empresa, a Quitaúna, responsável pela coleta de lixo, cuja fatia prevista é de R$ 125 milhões. A informação é do secretário Eduardo Soltur, que participou da audiência pública de análise da Lei Orçamentária Anual realizada na Câmara de Guarulhos nesta segunda-feira (23).
Segundo Soltur, a prioridade da Secretaria é cuidar da cidade, sobretudo dos pontos críticos apontados pela Defesa Civil. “Estamos fazendo manutenção de limpeza de boca de lobo. Temos um caminhão hidrojato para esse trabalho e, apesar de chover bastante, não tem ocorrido enchente, pois temos feito uma manutenção muito séria”, disse.
Um aspecto apontado como importante durante a audiência diz respeito à ampliação da verticalização do cemitério de Bonsucesso, pois não há mais como fazer sepultamentos na terra. Segundo o secretário, deverão ser montadas cinco mil gavetas.
A ampliação da coleta seletiva e a formação de novos catadores de materiais recicláveis estão entre as metas do Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos, de responsabilidade da SSP para o próximo ano. No Departamento de Obras, a prioridade visa garantir a manutenção do sistema viário e hídrico do município.
A gratuidade do serviço funerário voltou a ser questionada pelos vereadores Guti (PV) e Claudilson Pezão (PT). Ambos criticaram a burocracia e disseram receber muitas reclamações de munícipes que enfrentam dificuldades para ter acesso ao benefício. Segundo o secretário, os critérios da gratuidade são definidos por uma legislação de 2003 e destina-se a famílias cuja renda, per capita, seja inferior ou igual a meio salário mínimo.