Cidades

Problemon Go!

Começou a circular ontem nas redes sociais um novo jogo, baseado no Pokemon Go. Trata-se do Problemon Go, lançado pelo ativista político Roney Glauber, ligado à Juventude do PSDB. Ele sugere aos estudantes de Guarulhos que usem seus smartphones, no caminho de suas casas às escolas, para capturar por imagens e vídeos, os muitos problemas que encontram no caminho, como ruas esburacas, esgoto a céu aberto, falta de iluminação, entre outros. Pelo jeito, vai ser mais fácil capturar problemas do que os pokémons.
 
 
 
Efeito Russomanno
 
O STF absolveu o deputado federal Celso Russomanno (PRB) da condenação por peculato, liberando ele para disputar a prefeitura paulistana. A decisão interfere diretamente nas eleições de Guarulhos, que tem o deputado estadual Jorge Wilson como o nome para a Prefeitura local. Se Russomanno estivesse fora do jogo em São Paulo, a Igreja Universal e a TV Record, que estão por trás das duas candidaturas, centrariam esforços em conseguir eleger o prefeito da segunda cidade do Estado. Com o deputado federal na disputa e na liderança na Capital, Guarulhos deixa de ser prioridade.
 
 
No jogo
 
As notícias e consequentes especulações sobre o pré-candidato a prefeito pelo PT, Elói Pietá, se tornar inelegível não foram longe. Um dia após a divulgação, “coincidentemente”, saiu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando que apenas a Câmara de vereadores pode tornar inelegível um prefeito que teve suas contas rejeitadas. Ou seja, apesar de Pietá aparecer em vários processos como condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), seguirá livre, leve e solto, já que o Legislativo aprovou as contas de seu mandato.
 
 
 
Outros argumentos
 
No fundo, no fundo, nenhum dos outros adversários de Pietá se animou muito com a notícia. Todos sabem que o ex-prefeito está no jogo e que decisões do TCE sempre são questionáveis e podem ser derrubadas. Agora, com a manifestação do STF, quem não quiser o pré-candidato do PT na disputa que busque outro argumento, que poderá ser encontrado – sem muitas dificuldades – nos oito anos que ele esteve à frente da Prefeitura.
 
 
 
Adversário ideal
 
Aliás, consultando caciques ligados aos nomes que disputarão a Prefeitura, fica evidente que todos – sem exceção – preferem ir para um segundo turno contra o candidato do PT. O raciocínio é parecido. Numa disputa final contra qualquer outro da oposição (ou que se apresente como tal mesmo não sendo), ninguém ainda sabe avaliar como se comportaria o eleitor. Já contra Elói, as campanhas iriam para o velho “nós contra ele”, valendo-se do desgaste do partido em nível nacional, acreditando – assim – ter maiores chances de vitória.  
 
 

 

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