Economia

Petrobras diz que recebeu hoje citação sobre ação coletiva movida nos EUA

A Petrobras informou na noite desta terça-feira, 9, que recebeu hoje citação relativa à ação coletiva (class action) movida por Peter Kaltman nos Estados Unidos. Conforme o comunicado da estatal, “o autor afirma ser titular de American Depositary Shares (ADSs) da Petrobras e pede para representar todas as pessoas que adquiriram ADSs na Bolsa de Nova Iorque entre 20 de maio de 2010 e 21 de novembro de 2014, alegadamente prejudicadas, uma vez que o preço das ADSs da Petrobras teria sofrido desvalorização a partir das recentes denúncias de casos de corrupção”.

A nota diz ainda que, “segundo o autor, a Petrobras teria feito declarações enganosas ao mercado. Com base nessas alegações, requer a condenação da Petrobras ao pagamento de indenização pelas perdas supostamente sofridas”.

A estatal diz que realizará sua defesa através de escritório de advocacia americano especializado. “A Petrobras reitera que está colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades públicas.”

Kaltman é representado pelo escritório de advocacia Wolf Popper, e adquiriu papéis da estatal há pouco mais de 40 dias, de acordo com o processo judicial, anunciado ontem.

Kaltman adquiriu 1 mil American Depositary Receipts (ADRs) da estatal brasileira no dia 28 de outubro deste ano, equivalentes a US$ 11,6 mil. Na ação judicial, ele afirma que não comprou os papéis apenas para participação do litígio. Quando ele investiu na empresa, denúncias de corrupção na Petrobras já eram públicas. No texto, a alegação da ação coletiva é de que a revelação de denúncias fez os preços dos ADRs caírem 46% desde setembro, prejudicando os investidores. Nos EUA, segundo advogados, é comum iniciar uma ação coletiva com apenas uma pessoa para em seguida atrair mais interessados.

Outros investidores da Petrobras interessados em entrar na mesma ação têm até o dia 6 de fevereiro de 2015 para aderir. Segundo o Wolf Popper, alguns interessados já se manifestaram nesta terça-feira, 9, com a intenção de aderir à ação, incluindo fundos dos EUA. Mas até agora a maioria foi de investidores brasileiros que têm ADR.

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