Economia

Dólar cai em linha com exterior após acordo EUA-China e com Previdência no radar

O dólar opera em queda no mercado à vista nesta segunda-feira, 1, e acompanha o sinal negativo predominante no exterior em relação a divisas emergentes ligadas a commodities, em meio ao apetite por ativos de risco após uma trégua comercial entre Estados Unidos e China. No sábado, às margens do fim do encontro do G-20, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping anunciaram que novas tarifas serão evitadas e apontaram que as negociações continuam, mas que as tarifas já em vigor entre as partes serão mantidas.

Investidores estão em compasso de espera pelo relatório do mercado de trabalho americano (payroll), que será divulgado na sexta-feira, após o feriado norte-americano de quinta-feira (Dia da Independência do país).

Internamente, aguardam ainda a leitura do relatório final da proposta de reforma da Previdência na Comissão Especial, o que está previsto para esta terça-feira à tarde. Antes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reúne-se com governadores nesta terça-feira pela manhã para tentar a reinclusão dos Estados e municípios no texto.

No câmbio, é esperada a realização nesta segunda e terça-feira de leilões de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de agosto, num total de 12.350 contratos (US$ 617,5 milhões). Mas analistas dizem que essas operações devem ter impacto neutro nos negócios, uma vez que não se trata de oferta nova. Nesta segunda serão ofertados até 6.175 contratos, num total de US$ 308,75 milhões, das 11h30 às 11h40. Atualmente, o estoque de contratos de swap cambial o Banco Central equivale a US$ 68,9 bilhões.

Na Pesquisa Focus, do Banco Central, houve queda nas projeções para a Selic e o IPCA, mas os dados ficaram em segundo plano. No documento, a mediana das previsões para a Selic em 2018 foi de 5,75% para 5,50% ao ano. Há um mês, estava em 6,50%. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 foi de 6,50% para 6,00% ao ano, ante 7,25% de quatro semanas atrás. Para o IPCA em 2019, a estimativa mediana caiu de alta de 3,82% para 3,80%. Há um mês, estava em 4,03%. A projeção para o índice em 2020 foi de 3,95% para 3,91%. Quatro semanas atrás, estava em 4,00%.

Às 9h29, o dólar à vista caía 0,48%, a R$ 3,8219. O dólar futuro para agosto recuava 0,75%, a R$ 3,8320.

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